Hoje, dia 17 de julho, faz exatamente meio século que a música perdeu um de seus mais importantes, talentosos e marcantes nomes: a cantora que unificou a técnica do jazz e tristeza do blues – Billie Holiday.

Lady Day, como foi apelidada pelo trompetista mitológico Lester Young, ganhou fama por seu estilo inovador de cantar, pela sua visão política progressista e pelo abuso de substâncias como o álcool e a heroína.

O vício que a cantora mantinha começou a trazer problemas para a sua vida no meio dos anos 40, quando foi presa por posse ilegal de narcóticos. Ela foi sentenciada a um ano de prisão na penitenciária federal de Alderson, onde não cantou nenhuma nota sequer.

A dona de uma das maiores vozes da música americana – ao lado de Frank Sinatra, Elvis Presley, Nina Simone e Ella Fitzgerald e outros nomes – teve sua saúde fragilizada após uma segunda detenção, em 1949, e passou a década seguinte enfrentando graves problemas de saúde.

Apesar dos problemas, Billie ainda foi capaz de lotar casas em uma turnê europeia em 1957 e até fez um especial de TV memorável no mesmo ano, com Ben Webster, Lester Young e Coleman Hawkins, que culminou no lançamento de seu LP mais cru e bonito: Lady in Satin.

Billie morreu na tarde do dia 17 de julho de 1959 por conta de uma cirrose hepática. Quando faleceu, ela tinha US$ 0,70 no banco e uma conta hospitalar a pagar no valor de US$ 750.

Para relembrar a gloriosa “Dama do Dia”, assista a esses três vídeos de épocas diferentes da carreira da lendária Billie Holiday.


int(1)

Meio século sem Lady Day: o 50º aniversário da morte de Billie Holiday