O francês Arsene Wenger, treinador do Arsenal, pediu à federação inglesa de futebol que atue com mais rigor na hora de punir as entradas violentas, pois “não acha suficiente” o que é feito atualmente. O técnico lembrou alguns exemplos, entre eles o chute do meia Kevin Nolan, do Newcastle, ao atacante Victor Anichebe, do Everton. O jogador ficou com problemas na cartilagem do joelho direito e terá de passar por uma cirurgia, perdendo toda a temporada.


 


“A federação inglesa poderia criar um comitê especial para analisar se uma suspensão de três jogos é suficiente ou não. Na minha opinião, dez partidas não são suficientes para penalizar algumas das faltas que já vimos”, disse Wenger à imprensa britânica. Não é a primeira vez que o treinador do Arsenal faz uma reclamação assim. Em 2006, ele ficou indignado pela entrada de um jogador do Sunderland em Abou Diaby, que fraturou e deslocou um tornozelo. “Se você agredir assim uma pessoa qualquer na rua, acabará na prisão”, comentou.


 


O treinador também lembrou a fratura no tornozelo esquerdo sofrida pelo atacante brasileiro naturalizado croata Eduardo da Silva após lance duro do zagueiro Martin Taylor, do Birmingham. O jogador, que segue no Arsenal, ficou quase um ano em tratamento e esteve perto de abandonar os gramados. Apesar da reação de Wenger, o próprio Taylor disse que foi um acidente. “Um acidente pode ocorrer quando dois jogadores vão na mesma bola, mas é raro. O que eu vejo são atletas buscando as faltas para machucar os outros”, disse Wenger.


 



Ele também falou sobre o caso do Manchester United, especificamente do meia-atacante português Cristiano Ronaldo. “Às vezes tenho a sensação de que o Manchester United recebe muita proteção e que outros times não recebem o suficiente. Ronaldo é um exemplo específico disso”, comentou. Ainda sobre o português, o treinador explicou: “Às vezes sua arrogância é provocadora, assim como sua classe. Mas não é bom quando se protege um jogador. Quando acontece uma entrada assim, é preciso punir e expulsar o jogador”.


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Na Europa, técnico do Arsenal pede rigor na punição às faltas violentas