O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou, no início da tarde desta terça-feira (19), o envio de mais 3,5 mil militares para o Haiti, país que foi gravemente afetado por um tremor de 7 graus na escala Richter, que destruiu principalmente a capital Porto Príncipe, na terça-feira (12) da semana passada, deixando milhares de pessoas mortas.

O pedido havia sido feito na segunda (18) pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que visitou o país no final de semana, e o envio dos 1.500 policiais e 2.000 militares ocorre porque, entre os mortos, estão diversos funcionários das Nações Unidas, que ajudam o país com a manutenção de uma missão de paz, comandada pelo Brasil.

Elisabeth Byrs, porta-voz da Ocha (Agência de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU), disse em Genebra, na Suíça, que já foram arrecadados aproximadamente 19% dos US$ 575 milhões pedidos, com urgência, para a reconstrução do mais pobre país das Américas. Outros US$ 50 milhões já estariam assegurados, através de promessas feitas por diversos governos.

Durante a manhã desta terça, ao menos quatro helicópteros desembarcaram com tropas norte-americanas no Palácio Presidencial do Haiti, também localizado em Porto Príncipe. Os soldados imediatamente começaram a desembarcar uma série de equipamentos, mas ainda não houve anúncio sobre o objetivo da missão dos Estados Unidos na região.

Atendendo a um pedido feito por Christine Lagarde, ministra de Finanças da França (feito também aos governos de Taiwan e da Venezuela), o Clube de Paris, integrado por grandes economias mundiais, incluindo Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Grã-Bretanha e Estados Unidos, analisa o pedido de fim da dívida do Haiti.

Em nota, os membros afirmam que “existe um compromisso para que o processo seja acelerado (…) considerando as necessidades de financiamento que o Haiti enfrentará para reconstruir o país, os credores do Clube de Paris irão apelar para outros credores bilaterais para que também proporcionem urgentemente o cancelamento total das dívidas do Haiti”.


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ONU aprova envio de mais 3,5 mil homens ao Haiti