(Por Gabriel Codas) A cada dia que passa os indícios de que a crise financeira internacional tem maior dimensão do que o previsto no princípio fica mais evidente. Nesta sexta-feira (6), a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelou uma pesquisa apontando que os países membros do Bric já enfrentam uma forte desaceleração econômica.

De acordo com o documento, no primeiro mês do ano, o Brasil juntou-se à China, à Índia e à Rússia no grupo de emergentes em forte desaceleração. No levantamento divulgado em fevereiro, o país era o único do Bric que era classificado como perspectiva de “desaceleração” em vez de “forte desaceleração”.

Bric é um termo criado em 2001 pelo economista Jim O´Neill, do grupo Goldman Sachs para designar os quatro principais países emergentes do mundo: Brasil, Rússia, Índia e China. O banco de investimentos fez uma projeção econômica destas nações e especula que elas podem se tornar potências mundiais no futuro.

O levantamento apresentado pela OCDE, para o grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) aponta para a queda do índice para 91,7 pontos, contra 92,8 pontos em dezembro passado. Na comparação com janeiro de 2008, a redução chega a 9,6 pontos. De acordo com a organização, esses números mostram que a tendência de enfraquecimento das perspectivas para todas as sete economias persiste.

Entre as nações que fazem parte do Bric, a Rússia apresentou a maior queda em janeiro, caindo 19,4 pontos entre janeiro de 2008 e de 2009. Já entre os sete mais ricos, o pior resultado ficou com a Alemanha, com redução de 12,7 pontos, para 90,2 na comparação do mesmo período.

A OCDE é uma organização internacional dos países comprometidos com os princípios da democracia representativa e da economia de livre mercado. Com sede em Paris, é também chamada de Grupo dos Ricos. As 30 nações que fazem parte da organização produzem juntas mais da metade das riquezas do planeta. Um dos principais objetivos d grupo é ajudar o desenvolvimento econômico e social no mundo inteiro, estimulando investimentos nos países em desenvolvimento.
 


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Organização também vê Brasil em forte desaceleração