Um estudante de doutorado da Universidade George Mason, na Virgínia (EUA), resolveu investigar o território da Coreia do Norte, um dos mais secretos e ocultos do mundo. Para se ter uma ideia, nem mesmo as principais ruas, avenidas ou pontos turísticos do país estão identificadas no popular sistema Google Earth.

Usando informações obtidas a partir de suas próprias viagens à Coreia do Norte em 2004 e 2005, além de dicas fornecidas por turistas e pelos próprios civis do país, Curtis Melvin conseguiu mapear diversos pontos de interesse e identificar prisões secretas, esconderijos subterrâneos e armazéns de mísseis.

A cada informação obtida (e checada), Melvin adicionava um novo ponto em sua plataforma do Google Maps. Deste modo, com milhares de informações, o projeto “A Coreia do Norte Revelada” se tornou o mais detalhado mapa que se tem registro.

Desde abril de 2007, quando o doutorando iniciou o projeto, 17 pacotes de atualização já foram lançados.

Além das informações militares, Melvin conseguiu identificar hospitais, hotéis, restaurantes, escolas, bancos, supermercados e até pontos de ônibus. As principais casas e a mansão do ditador Kim Jong-II também constam no mapa.

Com o título “Campos de concentração, bombas atômicas e escorregador de piscina: Cidadão-espião levanta o véu da Coreia do Norte”, o trabalho de Curtis Melvin foi matéria de capa do jornal The Wall Street Journal no final do mês de maio e ganhou repercussão nos principais veículos de comunicação dos Estados Unidos.

Para fazer o download do mapa ou obter informações sobre o projeto, entre no blog disponibilizado pelo pesquisador (nkeconwatch.com).


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Pesquisador usa Google para mapear território da Coreia do Norte