A Polícia Federal coordena hoje (24) a Operação Tolerância Zero para reprimir crimes ambientais na área do Assentamento Celso Furtado, em Quedas do Iguaçu, no Paraná. O objetivo é coibir a atuação criminosa de madeireiras que extraem e comercializam madeira de forma ilegal em 11 municípios localizados nas regiões centro-oeste, sudoeste e oeste do estado.

Participam da operação 550 agentes entre policiais federais, militares, da Força Verde, funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Dezenas de viaturas e helicópteros vão ser usados para auxiliar no cumprimento de 29 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal em Cascavel e de 95 ordens para busca e apreensão e para interdição de serrarias.

Segundo a Superintendente do Incra no Paraná, Claudia Sonda, a ação ilegal das madeireiras externas ao assentamento tem causado tanto danos ambientais quanto econômicos ao erário, portanto, “devem sempre ser combatidas com firmeza”. Ao todo, de acordo com ela, foram encaminhadas pela superintendência regional à Policia Federal 24 denúncias de irregularidades.

As investigações foram coordenadas pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente. De acordo com o relatório, os acusados invadiram o assentamento e expulsaram famílias assentadas. Segundo a PF, associações de madeireiros da região exploravam e comercializavam madeira extraída do assentamento, uma área de plantação de araucária, de patrimônio da União.

Os presos serão interrogados na delegacia da PF em Cascavel, para onde será encaminhado o material arrecadado nas buscas.

O Assentamento Celso Furtado está situado nas terras que faziam parte da fazenda Giacomet Marodin, em Quedas do Iguaçu. De acordo com o Incra, a área da fazenda, com 82,6 mil hectares, é o maior latifúndio contínuo da região Sul do Brasil.


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PF faz operação para combater crimes ambientais em município paranaense