Com mais de mil passageiros a bordo, o cruzeiro Melody, da companhia italiana MSC Crociere, escapou de um ataque pirata quando estava 180 milhas ao norte das Ilhas Seychelles, no Oceano Índico.


 


Na noite de sábado (25), seis pessoas armadas com fuzis Kalashnikov a bordo de uma pequena embarcação atiraram contra o cruzeiro. Mas, graças às manobras evasivas do comandante, Ciro Pinto, o navio conseguiu escapar do ataque, disseram os veículos.


 


Nenhum dos passageiros a bordo ficou ferido e o estado de saúde de todos é bom. No tiroteio com os piratas, o Melody teve alguns de seus vidros quebrados e um dos seus barcos de salvamento atingidos pelos disparos.


 


Segundo a imprensa italiana, a equipe de segurança do cruzeiro respondeu ao fogo dos piratas. “Nunca vou conseguir esquecer o que aconteceu esta noite. Parecia que estávamos numa guerra”, declarou o comandante do Melody. “Era uma embarcação branca, e eles (os piratas) atiraram dela. Nós nos defendemos. A bordo temos cinco jovens israelenses como seguranças”, disse Ciro à rede de TV italiana RAI.


 


Segundo a imprensa do país, os piratas tentaram subir no navio usando uma escada, mas a equipe de segurança conseguiu evitar a invasão. Um passageiro contatado pelo site alemão Spiegel Online disse que ouviu cerca de 50 disparos durante a troca de tiros. Nessa hora, segundo o turista, todos foram orientados pela tripulação a permanecerem em suas cabines com as luzes apagadas.


 


Já o jornal italiano La Repubblica informou que quem percebeu a aproximação dos piratas foi um passageiro do cruzeiro. Este usou seu telefone celular para ligar para parentes na Itália, que, por sua vez, avisaram o Ministério de Assuntos Exteriores italiano.


 


De Londres, a missão da União Europeia (UE) que combate a pirataria na região informou que o Melody será escoltado por um navio de guerra espanhol até o Golfo de Áden.


 


A previsão é que o cruzeiro chegue ao porto de Ácaba, na Jordânia, no dia 2 de maio. Em seguida, a embarcação viajará até as cidades italianas de Nápoles e Gênova, sua parada final.


 


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Piratas atacam navio com mais de mil passageiros no Oceano Índico