A esquina das ruas Raul Pompéia e Sá Ferreira, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, vai deixar de ser um depósito de lixo, entulhos e abrigo de catadores de papel e viciados em crack. Na manhã de hoje (5), o local ganhou uma praça, com escorregadores, balanços e gangorras.

 

A área foi remodelada pela prefeitura para acabar com mais uma das cracolândias da cidade. O prefeito Eduardo Paes e representantes da comunidade participaram da inauguração do novo espaço, que terá a presença da Guarda Municipal durante o dia e policiamento militar à noite.

 

Localizada aos pés da favela Pavão-Pavãozinho e entre as duas ruas onde moraram famílias de classe média, a área começou a sofrer modificações em 7 de maio último. Naquele dia, a prefeitura, com o apoio da Polícia Militar, realizou no local a Operação Choque de Ordem, quando recolheu cerca de 20 usuários de crack – inclusive quatro menores de idade.

 

Agentes da Secretaria de Ordem Pública, com o apoio da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), demoliram dois quiosques que haviam sido construídos no meio da calçada, na subida do morro, e um galpão onde funcionava uma cooperativa clandestina de catadores de papel.

 

Atualmente, a prefeitura do Rio monitora 30 locais de consumo de crack. A ideia é devolver essas áreas à população, diz Eduardo Paes: “As soluções para a cidade, muitas vezes, são mais simples do que imaginamos. Demandam menos dinheiro e só dependem de ações do Poder Público. Pode-se mudar muitas coisas na cidade como ações simples.”

 

A iniciativa soma-se a outras que a prefeitura vem tomando para reduzir e combater o consumo de crack – um sobproduto da cocaína – na cidade. O consumo crescente da droga no município afeta principalmente os moradores de rua. Segundo dados da Secretaria Municipal de Assistência Social, o município tem 2.282 pessoas morando nas ruas.

 


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Ponto de consumo de crack na zona sul do Rio vira praça