O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou hoje (5) que não há crise no sistema público de saúde  do município que justifique a omissão de um dos médicos de plantão no Hospital Municipal Miguel Couto ao prestar atendimento a Manuela Costa, 29 anos. A mulher estava grávida e perdeu o bebê após uma cesariana de urgência, na manhã de ontem (4), na Maternidade Fernando Magalhães.

Manuela chegou ao Miguel Couto, na zona sul do Rio, com sangramento e em estado crítico, mas teve sua internação negada pelo médico que a atendeu. Segundo a mulher, ele escreveu no braço dela o nome da Maternidade Fernando Magalhães, onde deveria buscar atendimento, e o número dos ônibus que precisava pegar para chegar ao local, em São Cristóvão, na zona norte.

Para o prefeito, não há “nada no mundo” que justifique a atitude do obstetra de plantão. “Não há crise no sistema público de saúde, não há problema no Miguel Couto que justifique isso. Foi uma atitude desrespeitosa, se de fato aconteceu, por parte de um profissional que não pode simplesmente receber uma grávida e anotar no braço dela o número de uma linha de ônibus e encaminhá-la para outro hospital sem dar-lhe a devida atenção”.

Depois de garantir uma apuração rigorosa dos fatos, Eduardo Paes disse que o profissional envolvido na omissão de socorro será punido e pode ser demitido. “Vamos apurar os fatos e punir de maneira muito firme, inclusive com a demissão, se as acusações forem confirmadas.”


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Prefeito do Rio promete apuração rigorosa de negligência médica que causou morte de bebê