Enquanto famílias de todo o mundo cortam o consumo de produtos considerados supérfluos, existe um setor do varejo que segue em crescimento mesmo em momentos de grande retração econômica: o de mercadorias de alto luxo. O exemplo da situação é repetido em quase todas as grifes.

Fundada em Paris em 1837, a Maison Hermès é apontada como uma das principais marcas de produto de luxo em todo o mundo. O bom resultado das vendas em 2008 faz a empresa planejar abrir mais 20 lojas em todo o mundo neste ano, já que as vendas seguem em alta.

As ações da Tiffany, loja de jóias fundada em Nova York, tiveram alta de 13% somente esta semana após a companhia anunciar que teve um lucro acima do esperado no ano passado. A expansão da grife também surpreende para 2009, com a abertura de 13 novas lojas em diversos países.

Enquanto as redes varejistas precisam de promoções e descontos de até 70% para evitar um colapso em suas vendas, o mesmo não acontece com as marcas de alto luxo. Os preços dos produtos seguem no mesmo patamar e mesmo assim as vendas continuam em alta, o que demonstra a força desse setor.

Para o economista Milton Pedraza, que preside o Instituto do Luxo, as grandes marcas não sofrem com a recessão porque os clientes mesmo perdendo muito dinheiro, seguem muito ricos e compram produtos caros.

Pedraza explica que os bilionários russos, que quebraram nesta crise, sumiram do mercado de luxo. No entanto, os brasileiros, que representam 5% deste nicho, seguem comprando os produtos das grifes da mesma forma que antes da crise.

O exemplo também é sentido no mercado imobiliário de alto padrão de Manhattan, que segue aquecido mesmo com o estouro da bolha das hipotecas. Um tradicional prédio nova-iorquino, o Tribeca, segue valorizado e todos os apartamentos estão ocupados, com preço de US$ 3 milhões para um de dois dormitórios.

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Produtos de luxo seguem em alta mesmo na crise

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