No final do ano passado, quando o dólar teve uma expressiva valorização ante ao real, as empresas brasileiras viram suas dívidas em moeda estrangeira dispararem consideravelmente. Agora, com a moeda americana em queda (desvalorização foi de 15% no segundo trimestre de 2009), essas companhias voltam a registrar lucros maiores. É o caso da Braskem, Aracruz, Usiminas, Votorantim Celulose e Papel (VCP), Klabin, Gol e TAM.

No caso da petroquímica Braskem, o lucro líquido do segundo trimestre de 2009 foi de R$ 1,156 bilhão, sendo que uma boa parte deste resultado tem influência do câmbio. Analistas explicam que as empresas começam a se recuperar dos prejuízos que tiveram no ano passado, quando o dólar chegou a ser negociado a R$ 2,50. Nos últimos três meses de 2008, a petroquímica perdeu R$ R$ 2,14 bilhões.

Apesar da mudança de cenário com o câmbio mais favorável, o impacto para estas empresas foi apenas na queda do endividamento. Isso porque a crise ainda está presente e a maior parte das companhias ainda sente o impacto da redução da demanda mundial por produtos e serviços de todos os tipos.

A valorização do real tem aspectos negativos também. Por exemplo, com o dólar mais fraco, as receitas com as vendas externas diminuem de forma significativa. As empresas exportadoras são as que mais sentem este momento, sendo que o ganho financeiro com o câmbio foi apenas uma compensação pelas perdas do ano passado.


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Real mais forte eleva lucro de empresas brasileiras