O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), atribuiu a um “equívoco” do contador o fato de não constar em sua declaração à Justiça Eleitoral em 2006 a posse de uma casa no valor de R$ 4 milhões, segundo denúncia do jornal O Estado de S. Paulo.

“Por equívoco do contador, em 2006, foi apresentada à Justiça Eleitoral a mesma lista de bens de 1998”, diz nota divulgada pela presidência do Senado no início da tarde desta sexta-feira (3).

Segundo a reportagem, Sarney não teria declarado a propriedade da casa que possui, na Península dos Ministros, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, nas duas eleições que disputou depois da compra – em 1998 e 2006.

Ainda de acordo com a nota, a casa não está na declaração de 1998 porque havia sido comprada em agosto de 1997 em leilão e o pagamento foi feito em dez parcelas. “Durante esse período, o imóvel permaneceu em domínio de seu antigo proprietário, motivo pelo qual não foi incluído na declaração de Imposto de Renda de 1998 e, por consequência, não foi informado à Justiça Eleitoral naquele ano”.

Ele explicou que o registro do contrato de compra e venda foi lavrado em cartório em setembro de 1997, mas a formalização em escritura foi feita apenas em 2007.

Sarney não apresentou cópia das declarações de Imposto de Renda, apenas anexou à nota declaração do Tribunal de Contas da União, assinada pelo secretário de Fiscalização de Pessoal, Alessandro Gilberti Laranja, atestando que a posse da casa está registrada em sua declaração de Imposto de Renda de 1999 a 2007, exercícios 2000 a 2008.


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Sarney diz que omissão de casa em declaração à Justiça foi equívoco de contador