O sobrenome Gainsbourg voltou à boca do povo graças a Charlotte, recém-premiada em Cannes como melhor atriz por sua atuação no polêmico filme Anticristo, de Lars Von Trier. Antes disso, a talentosa atriz já tinha escrito seu nome na história das telonas com  participações em filmes como Sonhando Acordado, Eu Não Estou Lá e 21 Gramas.

Na música, ela fez em 2007 um belíssimo disco com participação da dupla Air, o imperdível 5:55. E se você curte moda, já ouviu falar do amor da marca Balenciaga a essa versátil herdeira do sobrenome Gainsbourg.

Charlotte é um exemplo de linhagem nobre. E a partir desta sexta-feira (5/6), São Paulo poderá entender o porquê: Tudo começou com seu pai, Serge Gainsbourg (1928-1991), o maior cantor da história da música francesa. Como parte integrante das comemorações do Ano da França no Brasil, a mostra Gainsbourg, Artista, cantor, poeta, etc chega ao Sesc Paulista depois de ser vista por 120 mil pessoas em Paris.

Gainsbourg não só é o patriarca da mais nobre estirpe de cantores franceses, como também é mais influente nome da Chanson fora de seu país, tendo criado um estilo próprio de canto e composição que serve até hoje de referência para os grandes nomes do folk europeu e do “pop adulto” do mundo todo.

Serge ainda colocou de vez seu país no mapa da música mundial, especialmente graças ao seu multi-platinado single Je t’aime… moi non plus, que escandalizou o mundo com os gemidos ao fundo e com o cantor bradando aos quatro ventos que gostaria de ficar “entre os rins” de sua interlocutora, no caso a atriz Jane Birkin (mãe de Charlotte).

Outro fato interessante sobre essa música é que ela havia sido escrita originalmente para a atriz e cantora Brigitte Bardot, que declinou do convite de Serje por achar que seria mal negócio gravar a faixa.

O fato é que a exposição que entrou em cartaz pela primeira vez em outubro de 2008 na Cité de la Musique, na capital francesa, com curadoria de Frédéric Sanchez, e contém 24 instalações visuais e sonoras. Nelas, estão trechos de filmes e vídeos, making offs, entrevistas, fotos, reproduções de documentos e outros materiais, além de registros de depoimentos de artistas contemporâneos e/ou que colaboraram com a obra de Gainsbourg.

A mostra foi criada pelo Musée de la Musique, com apoio do INA (Institut National de l´Audiovisuel Français), e aborda quatro fases da vida de Serge Gainsbourg.

A primeira é o “período azul” (1958-1964), fase inicial de sua carreira, focada na pintura; a segunda, “Os Ídolos” (1965-1969), com influências da cultura inglesa; a terceira, “A Decadança” (1969-1979), marcado pela canção Je t’aime Moi Non Plus e pela parceria com Jane Birkin e, por fim, “Ecce Homo”, a partir dos anos 80, em que o francês descobre Bob Marley e a cultura rastafari.

Gainsbourg, Artista, Cantor, Poeta, etc.
Quando: De 4 de junho a 7 de setembro
Onde: Sesc Paulista – Avenida Paulista 119 – Paraíso
Quanto: Grátis
Vistação: Terça a sexta, das 13h às 22h (sábado, domingo e feriado, das 11h às 20h)
Classificação Livre


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Serge Gainsbourg é homenageado em mostra no Sesc Avenida Paulista

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