O Museu de John Lennon do Japão, o único com a aprovação de sua viúva, Yoko Ono, fechará as portas em setembro, quando encerra o contrato de gestão assinado há dez anos, informou hoje à Agência Efe o porta-voz do centro.

“Tanto Yoko Ono quanto nós concordamos em fechá-lo. À margem da questão econômica, o contrato de gestão tinha duração de 10 anos e agora devemos devolver seus bens”, explicou o porta-voz da construtora Taisei, gerente do museu.

Situado em Saitama, ao norte de Tóquio, o centro é o único no mundo sobre o lendário cantor com o apoio formal de sua viúva, que disponibilizou cerca de 130 objetos de Lennon, como instrumentos, roupas e imagens.

Segundo os responsáveis pelo museu, o objetivo de Yoko Ono era transmitir as ideias do cantor dos Beatles a outras gerações.

“O destino de John é movimentar-se por todo o mundo. O museu deve mudar de lugar e não se transformar em seu túmulo, caso contrário perderia seu espírito”, indicou em comunicado Yoko Ono no site do museu.

Inaugurado no ano 2000, o museu recebeu diversas vezes a visita de Yoko Ono.

Até o final de 2009, mais de 550 mil pessoas haviam passado pelo local, 70% jovens e fãs do ex-cantor dos Beatles.

Quando começou a circular a notícia do possível fechamento do museu, antes do anúncio oficial, fãs de John Lennon e políticos de Saitama se mobilizaram pedindo a manutenção do museu na cidade.

Nesses quase dez anos, o prédio foi cenário de vários casamentos, já que inúmeros casais japoneses decidiram realizar suas uniões ali por considerá-lo um símbolo do amor que inspirava John Lennon, assassinado aos 40 anos em frente à porta de sua casa em Nova York, em 8 de dezembro de 1980.

Uma vez fechado o museu, o prédio de cinco andares, que fica junto ao estádio de Saitama, voltará para as mãos das autoridades provinciais, embora leve alguns meses para retirar os pertences do cantor do local, afirmou um porta-voz da província.


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Museu de John Lennon no Japão fechará as portas em setembro