A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Silvestres (Cites) rejeitou nesta quinta-feira uma proposta de veto às exportações de atum vermelho do Atlântico e do Mediterrâneo.

A decisão foi aprovada em Doha, capital do Catar, durante uma conferência da Cites que, entre outros temas, analisava um pedido de Mônaco para incluir essa espécie na lista dos produtos e animais proibidos de serem comercializados.

Fontes da delegação espanhola disseram que a proposta só recebeu o apoio de 20 delegações, sendo que 68 foram contra e 30 se abstiveram.

A pedido da Noruega, um dos 175 países-membros da Cites, a votação foi secreta. Os números das votações serão conhecidos em detalhes nesta sexta-feira.

Uma proposta em nome da UE apresentada pela Espanha, que pedia a inclusão do atum vermelho do Atlântico no Anexo I de espécies protegidas pela Cites a partir de maio de 2011, também foi rejeitada.
As fontes, que preferiram não se identificar, disseram que existe uma última possibilidade de a medida ser levada ao plenário no dia 25 de março, caso alguma delegação solicite isso e receba apoio de outro membro da Cites.

O Principado de Mônaco alega que a quantidade de atum vermelho no Atlântico Norte e no Mediterrâneo diminuiu 75% desde 1958, enquanto no Atlântico oeste houve uma redução de 82% desde 1970, o que indica que a espécie está ameaçada de extinção. A zona do Mediterrâneo é a principal área de pesca e reprodução do peixe.

 


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Países rejeitam proibição do comércio do atum vermelho