Arqueólogos búlgaros anunciaram nesta terça-feira (03) a descoberta do esqueleto de um homem que viveu entre o século 8 e 9, com um pedaço de ferro cravado no peito para evitar que depois da morte se transformasse em “vampiro”.

O achado foi anunciado por Nikolay Ovcharov, chefe da equipe arqueológica que trabalha para documentar um antigo complexo urbano em Perperikov, no sul da Bulgária.

“O homem enterrado tinha entre 35 e 40 anos. Moedas de bronze encontradas entre seus dentes mostram o período em que viveu. Tinha um arado de ferro cravado na parte esquerda do tronco, entre o pescoço e o peito”, declarou Ovcharov, à agência “Standart“.

As crenças vampirísticas oriundas do paganismo foram preservadas pelos cristãos ortodoxos nos Bálcãs durante a Idade Média. Também podiam ser utilizadas estacas de madeira para atravessar o coração do morto, ou cobri-lo com brasas e atar suas extremidades para evitar sua conversão em vampiro.

Um achado em junho do ano passado na pequena cidade de Sozopol, a margens do Mar Negro, revelou os restos de um homem que viveu no século 8 ou 9 e que tinha um ferro cravado no coração, o que provocou rebuliço no país balcânico.

O diretor do Museu Nacional de História, Bozhidar Dimitrov, que descobriu o corpo explicou então à “Agência Efe” que esse rito era praticado com pessoas consideradas más ou que trabalhavam com coisas que a sociedade não entendia, por exemplo, pesquisas científicas ou médicas.

Acreditava-se então que, após morrer, “essas pessoas se transformavam em vampiros, torturavam e atormentavam os vivos e bebiam seu sangue durante a noite”, explicou Dimitrov.

Vários medievalistas búlgaros também consideram que na aquela época a superstição levava a pensar que as pessoas com anomalias físicas eram vampiras. 


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Encontrado na Bulgária esqueleto de "vampiro" com ferro cravado no peito

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