Se você visse o homem na foto acima, você diria que é brasileiro? No mínimo, você chutaria que ele é descendente de asiático, certo? Pois bem, o homem da foto é Max – ou melhor, Xiahn Nishi, nome escolhido por ele para substituir o nome brasileiro. O rapaz de 25 anos mora em Novo Hamburgo e ficou conhecido no mundo todo por ter passado por um procedimento que o deixou com aparência asiática.

Em entrevista ao Portal Virgula, Xiahn disse que não tinha esperança de que o resultado ficasse tão bom. “Como o procedimento que eu fiz não existia, eu não tinha uma super esperança de que ficaria perfeito”, explica.

A paixão pela cultura coreana veio logo cedo, quando Xiahn, ainda criança, assistia a animes (desenhos animados asiáticos) na televisão. Algum tempo depois, ele passou um ano na Universidade Dongseo, na Coreia do Sul. Nesse período ele se encantou de vez com a cultura. “A segurança é um ponto bastante importante, a confiança que as pessoas têm uma nas outras”, afirma Xiahn. “Por exemplo, no ônibus não tinha cobrador. Você colocava o dinheiro em uma caixinha transparente e ninguém conferia o quanto você colocava”.

Antes de “se tornar” asiático, Xiahn já havia pintado seus cabelos de loiro e usado lentes de contato. Após decidir que sua próxima mudança seria nos olhos, ele começou a procurar médicos para realizarem o procedimento. Porém como a cirurgia não existia muitos médicos se recusaram a tentar uma nova técnica .

Finalmente, conversando com um cirurgião de Novo Hamburgo, ele encontrou outro médico disposto a fazer o procedimento, em Porto Alegre. “Foi uma cirurgia plástica, que foi a primeira, depois fiz em torno de 9 microprocedimentos que duravam de 5 a 10 minutos, pra ir redesenhando meu olho”, afirma o jovem.

Mas essa não é a primeira mudança de aparência pela qual Xiahn Nishi passou. Quando questionado se pensa em mudar de aparência mais uma vez, ele diz: “Ah, não sei dizer. Por enquanto eu estou feliz com essa aparência que eu tenho, então por enquanto eu não pretendo mudar”. O detalhe é que os procedimentos, que já custaram mais ou menos R$ 7 mil, são reversíveis e duram cerca de dois anos.

E como a família dele reagiu às mudanças? “Eu morava sozinho e trabalhava. Então, minha mãe acabou vendo isso só depois e meu pai também, pela internet. É claro que no início é diferente, qualquer tipo de mudança assim é… mas não tive grandes problemas com isso”, afirma Xiahn. Enquanto passava pelos procedimentos, o gaúcho não parou de trabalhar. Ele afirma não ter sofrido qualquer tipo de preconceito. “Por ser um empresa internacional, todo mundo já estava acostumado a lidar com culturas diferentes”.

Xiahn Nishi explica que ele segue o Ulzzang, que é um estilo de moda coreana. “Ulzzang significa ‘o rosto perfeito’. Ele veio pro Brasil através dos fãs de K-Pop [música pop coreana]”, diz.


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'Não tinha esperança de que cirurgia fosse perfeita', diz gaúcho que ‘virou’ coreano