Reprodução / The Washington Post

A cena da Maratona de Boston de 2019, ocorrida na segunda-feira (15), foi a de um homem se arrastando, com dores, até a linha de chegada. E não porque outros corredores não o ajudaram ou falta de assistência médica: foi por determinação e em homenagem a três amigos, mortos no Afeganistão.

Micah Herndon é de Ohio e ex-fuzileiro naval dos Estados Unidos. Ele decidiu correr pelos companheiros falecidos em 2010, os também militares Matthew Ballard e Mark Juarez, e o jornalista britânico Rupert Hamer, após o carro em que estavam ser atingido por uma bomba.

O veterano iniciou bem o trajeto e tinha o intuito de finalizá-lo em menos de três horas para concorrer na Maratona de Nova York. Porém, ao final da prova, suas duas pernas travaram com câimbras. Mesmo com muita dor, ele não quis desistir e decidiu se arrastar até a linha de chegada, sem ajuda, para honrar a homenagem. “Queria terminar sozinho porque a dor que senti na hora não é nada comparada àqueles homens e famílias que se perderam lá (na guerra)”, afirmou ao jornal The Washington Post.

Para se motivar, Herndon carrega no cadarço do tênis a medalha de identificação dos três amigos. Em entrevista à ABC, ele conta que já viu um companheiros morrer em uma explosão no seu aniversário de 21 anos. “Eu corro por eles”.

O ex-militar tem transtorno de estresse pós-traumático e correr se tornou uma terapia, uma forma de se readaptar à vida de civil. “Essas são minhas feridas de guerra, minhas cicatrizes, não tenho medo de dizer isso”, afirmou ao programa Today Show.

Exemplo de superação

Liz O’Riordan completou uma prova de triatlo mesmo realizando tratamento para o câncer de mama
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Créditos: Reprodução

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