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Na sexta, o Facebook parecia a abertura dos Ursinhos Carinhosos, já que muita gente (e instituições, também) decidiu trocar o avatar por um com arco-íris pra comemorar a legalização do casamento gay nos EUA. O Facebook tornou essa manifestação possível: foram eles que disponibilizaram uma ferramenta que coloria a foto com um clique. Isso, é claro, foi um dos fatores que permitiu que a campanha fosse tão massiva na sexta e no sábado. Por parte do Facebook, também é um posicionamento político. Mas mais do que isso: é uma oportunidade de estudar comportamento humano e sociologia em um ambiente digital.

Os cientistas de informação do Facebook já foram criticados antes por usarem os dados em massa da rede para avaliar o humor dos usuários ou a preferência eleitoral deles. Não espantaria se a ferramenta da última semana os ajudasse a responder uma pergunta que estudiosos fazem há anos: qual o impacto real de um ato tão simples quanto uma troca de foto apoiando uma coisa? Quantas fotos de arco-íris as pessoas precisam ver antes de mudar sua própria foto? Quanto uma foto apoiando uma campanha pode impactar o teor do conteúdo que alguém compartilha depois daquela foto?

Muitas dessas questões podem começar a ser respondidas depois que o Facebook analisar os dados das milhões de pessoas que trocaram o avatar nos últimos dias e o comportamento dos contatos ao redor dela. A gente pode começar a entender como campanhas online de fato afetam movimentos sociais reais, desses que acontecem nas ruas. Um estudo publicado em 2013 por um cientista de dados do Facebook já tentou desvendar isso, mas é possível que a rede tenha ainda mais clareza no assunto depois da última semana.


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Fotos coloridas podem ser usadas como experimento social pelo Facebook?