Artistas do corredor da morte


Créditos: Reprodução/Daily Mail

A professora aposentada, Maggie Allder, tem amigos pouco convencionais: estupradores, ladrões e alguns dos assassinos mais perigosos do mundo. A senhora de 60 anos, que vive em Winchester, Inglaterra, se tornou amiga desses homens, condenados à morte nas prisões do Texas e Arizona, por meio de cartas e descobriu que grande parte deles são ótimos artistas, segundo palavras da própria.

“Comecei a escrever aos prisioneiros no corredor da morte há nove anos, após ler um anúncio em uma revista pedindo que as pessoas tivessem pena dos presos e se comunicassem com eles”, conta em entrevista ao Daily Mail. A troca de cartas foi crescendo e ela decidiu ir visitar alguns dos presídios para conhecer pessoalmente os amigos, chegou, inclusive, a assistir a execução de alguns. 

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Nessas visitas ela descobriu que, como tem pouca coisa a fazer e muito tempo para pensar, esses homens desenvolveram novas técnicas de pintura. Os presos, que são proibidos de utilizarem canetas, ou qualquer outro objeto que possa ser utilizado como arma, recebem tintas de canetas esferográficas e misturam a lápis de cor formando tintas coloridas, aí é só usar a criatividade e iniciar o processo artístico. 

“Todo ser humano merece respeito, amizade e cuidado, seja ele prisioneiro ou vítima. Descobri muitos prisioneiros talentosos no Arizona. Eles improvisam instrumentos para pintura e fazem trabalhos incríveis”, afirma Maggie. Segundo ela, “Muitas vezes o tema dos trabalhos são a liberdade e a religião. Isso mostra que mesmo as pessoas que cometeram atos ruins, como eles, podem conseguir coisas extraordinárias quando têm uma chance”. 

Depois de ver essas obras (e herdar algumas delas com a execução dos amigos), Maggie decidiu fazer uma exposição com os trabalhos. Algumas das imagens, juntamente com seus autores, você pode conferir na galeria do alto desta página



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