Garrincha morreu em 1983

Divulgação Garrincha morreu em 1983

O cemitério de Magé, na Baixada Fluminense, perdeu os restos mortais de seu “hóspede” mais valioso: o craque Mané Garrincha. A informação, revelada pelo jornal Extra, chocou os fãs do futebol nacional nesta quarta-feira (31) pelo fato da instituição ter admitido não fazer a menor ideia do que foi feito com o atleta, bicampeão mundial pela Seleção Brasileira.

A administração atual do cemitério acredita na hipótese de os restos mortais terem se perdido durante um processo de exumação, mas o problema é que não há documento que comprove a movimentação.

“Pelo que a gente pesquisou, não se tem certeza de que ele está enterrado. Houve uma informação de que o corpo foi exumado e levado para um nicho (gaveta no cemitério), mas não há documento da exumação”, afirmou Priscila Libério, atual administradora.

Para piorar, o cemitério possui duas sepulturas com o nome de Garrincha. Uma na parte de baixo, onde ele foi originalmente enterrado em 1983, e outra na parte de cima, marcada por um obelisco e construída em 1985 pela Prefeitura de Magé. Em comum? Ambas estão em péssimo estado de conservação.

Garrincha e Elza Soares, com quem foi casado por 16 anos

Reprodução Garrincha e Elza Soares, com quem foi casado por 16 anos

Rosângela Santos, uma das filhas de Garrincha, contou ao Extra que a família sofre sem saber onde está o ex-atleta. “Meu pai não merecia isso”, disse ela.

Segundo investigou o jornal, o corpo do craque foi retirado há cerca de 10 anos, quando outra pessoa da família precisou ser enterrada naquele jazigo. João Rogoginsky, primo de Garrincha, foi informado na época que a ossada seria levada para um nicho, mas ele não acompanhou o processo de exumação. “Eu não vi. Só me disseram que haviam tirado e colocado num nicho na parte superior do cemitério. Não deram nenhum documento disso”, contou.

O atual prefeito, Rafael Tubarão, descobriu por acaso o problema. Ele queria fazer uma homenagem ao craque pelo seu aniversário de 84 anos, que seriam completados em outubro. Tubarão, então, foi atrás do cemitério para saber onde Garrincha estava internado, mas acabou recebendo a informação de que os restos mortais já haviam sido exumados.

Ele, agora, cogita até fazer exumação de outros corpos para um teste de DNA que buscaria tentar encontrar o jogador. “Se a família concordar, faço exumação nas sepulturas. E um DNA para saber se algum corpo é o de Garrincha”, concluiu.

Até a sepultura de Garrincha está com um problema: a data está errada. Garrincha morreu no dia 20/01/1093. No jazigo, consta a data 20/01/1985, dois anos depois. O atleta morreu aos 49 anos, vítima de complicações decorrentes do alcoolismo.

 

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O cemitério onde Garrincha foi enterrado perdeu os restos mortais do craque