A chuva que caiu durante quase toda a noite do último dia de 2011 e que parou instantes antes da queima de 24 toneladas de fogos de artifício não impediu dois milhões de pessoas de passarem a virada de ano na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, na maior festa de réveillon do mundo.

A multidão vestida de branco, cor que contrastava com o negro dos guarda-chuvas, desfrutou de um espetáculo de 16 minutos e 30 segundos, tempo que durou a queima dos fogos de artifício. Os presentes também puderam apreciar diversas apresentações musicais.

A chuva fraca, que fez com que muitos turistas e cariocas buscassem abrigo em edifícios e bares de Copacabana, terminou cerca de trinta minutos antes da meia-noite. Por isso, na hora da virada, todos os presentes puderam correr para a faixa de areia de quatro quilômetros de Copacabana.

O número de presentes foi o previsto pelas autoridades, mas ficou abaixo do número registrado em outros anos.

Mas a confirmação da polícia de que dois milhões de pessoas compareceram à festa foi suficiente para que a associação de turismo World Travel Guilf classificasse o réveillon de Copacabana como a maior festa de ano novo do mundo.

“Vim de Nova York e já estive em festas na Ásia, Europa e Oceania, mas ninguém organiza uma festa de Ano Novo como o Rio de Janeiro”, assegurou Ian Erix, representante de World Travel Guild, após presenciar a explosão dos fogos de artifício que foram disparados de onze balsas no mar.

A maioria das luzes nos céus era da cor verde e suas figuras sugeriam motivos ecológicos, numa alusão à Conferência sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente Rio+20 que a ONU organizará no Rio de Janeiro em junho.

O espetáculo no céu teve como fundo musical as apresentações que ocorreram em diversos palcos espalhados pela areia. As principais atrações foram a cantora de samba Beth Carvalho e a banda de rock O Rappa, assim como o famoso DJ francês David Guetta, que atraiu a maioria do público jovem.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os sete postos médicos montados em Copacabana atenderam cerca de 250 pessoas, a maioria por excesso de álcool ou pequenos cortes, mas sem nenhum caso de gravidade.

A ano novo no Rio também teve contou, pela primeira vez, com a presença de centenas de turistas em lajes na favela da Rocinha, recentemente pacificada.

Vários moradores da comunidade aproveitaram a paz e a vista privilegiada para organizar festas em suas casas e venderam ingressos a preços bastante elevados.



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O maior réveillon do mundo, ano novo em Copacabana atrai 2 milhões de pessoas