Adidas skateboarding Demo


Créditos: Divulgação Adidas/Fernando Martins

Nessa terça-feira (28) uma estrelada equipe de skatistas se reuniram para a Adidas skateboarding Demo em uma ponta da Av. Paulista, em São Paulo. Quem chegou cedo pôde conferir também uma apresentação exclusiva da banda Dinosaur Jr.. Tudo isso para celebrar a skate-art.

A rampa de madeira montada debaixo de toldos brancos na Praça Marechal Cordeiro, local conhecido dos skatistas paulistanos quase na esquina da Avenida Paulista com a Consolação, recebeu diversos skatistas profissionais das equipes Global, International e Brazil da marca Adidas. Entre eles o histórico Mark Gonzales, os americanos Tim O’Connor, Silas Baxter-Neal, Dennis Busenitz, Pete Eldridge, o inglês Benny Fairfax, os brasileiros Klaus Bohms, Daniel Marques, Akira Shiroma, e outros.

A praça foi escolhida para dar continuidade à parceria entre a Adidas e a Destroy and Create, projeto que a gente já apresentou por aqui. A escultura “skatável” já está instalada na praça e liberada para quem quiser usar. O molde de metal, que também foi montado para servir de rampa estava lá para ser skatado.

Video oficial realizado pela parceria Destroy and Create e Adidas

Dinosaur Jr.

A presença dos gringos chamou a atenção da banda Dinosaur Jr., que se propôs a fazer um som no evento. Raridade no meio skatista (e convenhamos, na cultura brasileira), a apresentação começou às 14h em ponto, horário em que estava marcado o evento. O medo da chuva e pressa da organização fez com o que a banda tocasse apenas 20 minutos. Para os atrasadinhos, restou a esperança de algum cambista na porta dos shows esgotadíssimos dos dias 28 e 29 no Comitê Clube.

Skate na cidade é cidadão

Lucas Ribeiro, o Pexão, curador da exposição Destroy and Create disse que a escultura de cimento vai ficar na praça de presente para a sociedade. Essa é uma forma de mostrar como o skate de rua é “uma interação entre o cidadão e a cidade”, mote principal do projeto.

A praça, que já foi reduto de skatistas por causa do formato de seus bancos, acabou sendo esquecida e abandonada virou um local para consumo de drogas. Agora a comunidade revitaliza o local com as obras e, nas palavras de Pexão, “mostra para a sociedade como os skatistas podem cuidar do espaço público”.

Os skatistas quando buscam apoio do poder público ainda se atém a pedir pistas par a prática do esporte. Segundo Pexão, os skatistas “tem medo de falar que gostam de andar na rua”. Ele frisa que isso não pode continuar, que o diálogo deve ser aberto, não só com os políticos, mas com arquitetos e a sociedade em geral, que pode “com consciência, ver a beleza no skate de rua”.
    
Skate grana – Patrocínio

A estrutura de metal usada par a fazer o molde vai para a casa de uma colecionadora de arte que não quer ser identificada. Ou seja, se por um lado a iniciativa levou a arte para o skate e para a rua, acabou levando o skate para a arte também. Mais ou menos o mesmo caminho que trilham os patrocinadores.

Sem impor a sua visão do skate ou da arte, eles se apropriam da estética de uma forma mais leve, dando uma camiseta para que o skatista crie a estampa, montando exposições com curadores que são da comunidade, ou criando material com fotógrafos e video-makers que realmente vivem o skate nas ruas. “As marcas estão entrando no nosso meio nas condições do skate. Não tem pressão sobre os atletas, ninguém faz papel de político para a marca”, explica Pexão. Ele diz que a marca “entende a sutileza e apoia. Assim é uma troca mais sincera”. Já que é assim, o apoio é mais do que benvindo para desenvolver o esporte como uma forma de expressão, arte e vivência cultural urbana.


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Praça de São Paulo recebe astros do skate, arte e música