A baixa intensidade da radiação liberada nas usinas nucleares do Japão decorrente do terremoto seguido de tsunami que atingiu o país na última sexta-feira e as medidas de precaução tomadas pelas autoridades locais permitem descartar, por enquanto, qualquer efeito à saúde humana, indica o Comitê Científico da ONU sobre os Efeitos da Radiação Atômica (Unscear).

“Por enquanto, do ponto de vista da saúde pública, não estamos preocupados”, declarou nesta segunda-feira à Agência Efe Malcolm Crick, do secretariado da Unscear em Viena.

Segundo este especialista, de acordo com a informação que se dispõe até agora, “todas as emissões (radioativas) que ocorreram são de muito baixo nível”.

O responsável técnico desse Comitê assinalou que uma pessoa teria de estar entre 12 e 15 horas na zona afetada, no momento de maior emissão, para receber a radiação equivalente a uma ação radiológica de uma TAC (tomografia computadorizada).

“São níveis acima do normal, mas em nenhum caso representam uma ameaça para a vida”, explicou Crick. Segundo ele, é preciso acompanhar e analisar a situação cuidadosamente, até que a situação nas usinas nucleares volte a estar sob controle.

Por enquanto, segundo os relatórios das autoridades japonesas, a blindagem dos dois reatores da usina Daiichi, em Fukushima, permanece intacta, embora tenham sido registradas duas explosões de hidrogênio desde sábado passado, em dois de seus seis reatores.


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Radiação liberada no Japão não representa perigo para saúde, diz ONU