Estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine divulgou dados de uma pesquisa feita entre americanos de todas as idades. O resultado aponta para um aumento de sexo anal na vida sexual dos americanos. E o mais curioso, um aumento entre os homens heterossexuais.

A mesma pesquisa, quando realizada em 1992, apontou que 16% das mulheres de 18 a 24 anos disseram ter tentado sexo anal. Agora, 20% das mulheres entre 18 e 19 anos disseram ter recebido por trás, de 20 a 24 anos o número sobe para 40%. Em 1992, o maior percentual de mulheres em qualquer faixa etária que admitiu ter recebido sexo anal foi de 33%. Em 2002, esse índice subiu para 35%. Agora chegou a 46%.

E não é o caso de “você fez alguma vez na vida?” ou de uma tentativa isolada. Em 1992, o percentual de mulheres nos seus 20 ou 30 anos que tinham praticado sexo anal no último ano era de 10%. Agora esse número duplicou para 20%, e um terço dessas mulheres disse ter feito no último mês. Entre todas as mulheres, o número que admitiu ter feito sexo anal em sua última relação ficou entre 3 e 4%.

E segundo os números isso não é reflexo de uma obrigação com o parceiro, nem uma fantasia alimentada pela indústria pornográfica, nem coerção social.

Preste atenção nos dados sobre orgasmo feminino. Entre as mulheres que praticaram sexo vaginal, a porcentagem das que chegou ao orgasmo foi 65. Entre aquelas que receberam sexo oral, foi de 81%. Mas entre as que fizeram sexo anal, foi de surpreendentes 94%. Sexo anal superou o sexo oral no quesito orgasmo!

“Esse editor de News está querendo provar para alguém que abrir a porta de trás é gostoso”, você pode pensar. Mas está tudo lá: Tabela 5, páginas 357-8.

Isso significa que sexo anal ajuda a mulher a ter orgasmos? Não exatamente. Se a gente aprofundar um pouco mais a análise e juntar com os dados da tabela 4, páginas 355-6, vamos perceber que 86% das mulheres que liberaram a parte de trás também fizeram na frente. 72% delas também recebeu sexo oral. 31% recebeu masturbação de seu parceiro. Quanto mais tipos de sexo a mulher tiver durante a relação sexual, maiores são as chances de que ela chegue ao orgasmo. O sexo anal é na verdade só uma carona no banco de trás.

A coincidência que faz a estatística chegar aos 94% só pode indicar uma coisa. Quando as mulheres estão mais sexualmente satisfeitas a tendência é que elas queiram satisfazer seus parceiros também. Então no fim das contas não foi o sexo anal que levou ao orgasmo, mas o orgasmo que levou ao sexo anal.

Aprendeu, maridão? Dê prazer para sua mulher que as chances dela liberar serão maiores. Aliás, dê prazer para sua mulher sempre, nada mais que sua obrigação, né?

SEXO ANAL HETEROSSEXUAL

Entre os homens dos 20 aos 24 (!) anos, o índice de sexo anal em algum momento na vida fica em 11%. A porcentagem entre homens acima dos 30 anos que receberam no bumbum cai um pouco.

De todos os homens entrevistados, 4% assumiram ter participado em sexo anal de forma passiva no último ano. E isso é uma surpresa, já que em 1992 o número era só de 2%. E se pensarmos que entre 9 e 11% dos homens já foi passivo em algum momento de suas vidas, mas apenas 4% praticam regularmente, só tem duas explicações: 1- Passivos estão virando ativos ou virando ex-gays (possibilidade que a piada nega a existência), ou 2- Heterossexuais estão experimentando  os dois lados da moeda.


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Sexo anal nunca esteve tão na moda nos EUA

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