10 truques que te ajudam a suavizar as olheiras


Créditos: Montagem Vírgula

O estado emocional tem relação direta com a saúde da pele e o estresse é um dos principais vilões, podendo interferir na aparência da pele de diversas maneiras, tornando-a mais sensível e reativa, piorando a psoríase ou a rosácea, desencadeando lesões de acne mais inflamadas, unhas quebradiças, queda de cabelo, causando ou piorando a urticária e contribuindo para uma transpiração mais excessiva.

“Estudos mostram que os fatores que afetam o nosso bem-estar emocional, como estresse, depressão e ansiedade determinam um aumento dos problemas da pele, cabelo e unhas. Existe uma relação direta entre os sentimentos e o aspecto da pele. O estresse é um gatilho e pode ser fator agravante para inúmeras dermatoses. É preciso aten ção e capacidade de administração em relação as situações estressantes. É importante neutralizar os efeitos do estresse para seguir um estilo de vida facilitador da saúde. A pele está incluída nesse programa”, explica a dermatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Carolina Marçon.

Tendências psicológicas

A especialista conta que pacientes sob estresse tendem a negligenciar ou agredir a pele. “Muitas vezes os pacientes perdem a energia e a motivação para aderir aos regimes de cuidados com a pele. Podem ainda, usar a pele como mecanismo de escape para as emoções, uma condição denominada dermatite artefata ou factícia, na qual o paciente se autotraumatiza, desencadeando o aparecimento de lesões ou manipulando lesões pré-existentes, agravando o quadro”. A dermatologista comenta que em situações como esta, não adianta somente tratar a pele, é preciso incluir algum tipo de psicoterapia para que a pessoa aprenda a reduzir a tensão e superá-la com outro comportamento.

As terapias dermatológicas tradicionais devem ser empregadas em conjunto com terapias de gestão de tensão, para que se tenha êxito no tratamento dermatológico relacionado ao estresse. “Quando os dermatologistas tratam a pele e o estresse simultaneamente, os problemas de pele tendem a melhorar de forma mais rápida e efetiva”, afirma a especialista.

Redução do estresse

A médica explica que a redução do estresse diminui a produção de cortisol (hormônio relacionado ao estresse) e de algumas substâncias pró-inflamatórias, como os neuropeptídeos, resultando na melhora da aparência e funcionalidade da pele. “A redução dos níveis de estresse também interefere na atividade dos vasos sanguíneos, melhorando a vermelhidão e o calor, que são sinais de atividade inflamatória.”

A dermatologista ressalta ainda que existem estudos que evidenciam que procedimentos para rejuvenescimento e melhora da aparência da pele beneficiam não só o aspecto geral do paciente, mas também proporcionam efeitos positivos sobre a forma como as pessoas se sentem e funcionam, pois quando se sentem mais atraentes e mais confiantes com sua aparência, tendem a ter um melhor desempenho em outras áreas de suas vidas.

A doutora diz que todos os órgãos podem ser afetados por qualquer tipo de estresse, inclusive a pele, e, que cada dia mais se comprova a influência negativa do estresse nos processos orgânicos.

˜Quando a pessoa está em equilíbrio físico, o estresse cria as condições para a doença; quando já há uma doença instalada, o estresse agrava a desordem ou dificulta a recuperação. Na pele, sabe-se hoje que muitas alterações ocorrem por ação do estresse na secreção de mensageiros químicos via sistema nervoso. É sabido que a resistência da pele aos agressores externos diminui sob ação do estresse, que causa ainda, diversas outras alterações no funcionamento das células de defesa e outros tipos de células cutâneas, abrindo caminho para manifestação de doenças diversas. Por is so, o cuidado em reduzir o estresse permanentemente é básico para o estado saudável e equilibrado do organismo. Sempre que uma doença é tratada, devemos dar atenção ao estresse que a acompanha”, completa a especialista.


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Relação entre o estresse e a pele existe e merece atenção especial