A gestação é um período muito sensível da mulher, onde ocorrem diversas mudanças no corpo e no organismo. Tudo acontece muito rápido, desde a pele esticar e estar mais pigmentada, até as mudanças no funcionamento do pulmão e coração. Caberia uma tatuagem no meio de todas essas modificações? Bem, a resposta dos especialistas é… NÃO!

Segundo a ginecologista e obstetra Bárbara Murayama nesse período a imunidade está muito mais baixa e isso acontece para que não ela não se volte contra o bebê (que não deixa de ser um “corpo estranho”, com características diferentes do nosso). Por isso, sem mecanismo de defesa forte ficamos mais sujeitas a contrair doenças e infecções. Portanto, a tatuagem não deve ser feita em hipótese alguma durante a gravidez e mesmo durante o período de “resguardo”, que é quando o organismo ainda está se recuperando de todo processo.

O risco de uma infecção na pele pode ser muito grande e, claro, prejudicial ao bebê. Além disso, nem sempre se sabe sobre a origem das tintas, o que também pode afetar o feto de alguma forma. E na hora do parto, se a gestante já tiver uma tatuagem no corpo e ela for na região das costas, pode atrapalhar a aplicação da anestesia.

A especialista aconselha esperar a gravidez e o período de resguardo para que a tatuagem seja realizada. “Aproveite a gestação para escolher o desenho da tatuagem que tanto quer fazer, e, depois de pelo menos 40 dias do parto, pode colocar em prática seu desejo!”. Cuidado também na estética dessa tatuagem, porque o resultado imediato não é definitivo, já que a pele irá passar por diversas mudanças e o corpo irá perder peso.

Listamos os principais perigos de se fazer uma tatuagem durante a gravidez:

– Contrair doenças se o material do tatuador não for esterilizado ou descartável. O risco de ser contaminada com vírus como os que causam a hepatite B e C, além do HIV, que provoca a Aids. Essas doenças podem passar para o bebê;

– Não se sabe se as tintas usadas na tatuagem podem afetar o bebê de alguma forma, por isso é melhor não arriscar;

– Como o sistema imunológico da grávida não é tão eficiente, há maior perigo de infecções no local da tatuagem;

– A pele da gestante está diferente devido aos hormônios, portanto existe a possibilidade de o desenho da tatuagem mudar de aspecto quando a pele voltar ao normal, após a gravidez. Dependendo do lugar, a pele estica, e podem surgir estrias que estraguem o desenho, o que exigiria retoques depois;

– Tatuagens de hena podem até ser inofensivas, mas precisa ser hena pura (normalmente o que se usa são preparados químicos com hena, não hena pura), e ainda há o risco de ficar com alergia do produto. 


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Fazer tatuagem durante a gestação pode ser prejudicial para a mãe e o bebê? Saiba aqui