PSY


Créditos: vgl

Foi-se o tempo de romantismo no Carnaval. Conectados aos novos tempos, artistas fazem concessões de todo tipo para garantir cachês de patrocinadores.  No caso mais emblemático deste ano, Psy trocará o refrão de Gangnam Style, em Salvador, para “Eu quero ver raspar”.

Michel Teló, por sua vez, cantará o jingle de um antisséptico bucal, da Oral-B, também na capital baiana. Já o fenômeno sul-coreano vem ao Brasil bancado pela Gillette. Em 2011, a mesma empresa promoveu uma ação em que o cantor Bell Marques, do Chiclete com Banana, recebeu uma fortuna para cortar a barba que cultivava há 30 anos.

Nas escolas de samba do Rio de Janeiro, enredos patrocinados têm se tornado cada vez mais comuns, com o declínio dos bicheiros, tradicionais mecenas dos desfiles. Este ano, a Alemanha patrocina a Unidos da Tijuca. Já a mocidade vem com o Rock In Rio como tema, com direito até a carro alegórico com o mascote Eddie, do Iron Maiden.

Ainda no Rio, A Imperatiz Leopoldinense aborda o Pará e a Mangueira, Cuiabá. A vida do agricultor é tema da Vila Isabel e o cavalo mangalarga é o enredo da Beija-Flor. Em São Paulo, a supercampeã Vai-Vai também aderiu e vai promover as uvas da Serra Gaúcha. Será o fim da inocência ou questão de necessidade?

Nos Estados Unidos este tipo de iniciativa é comum. O astro Psy, por exemplo,  apareceu recentemente no concorrido intervalo do Super Bowl com uma paródia de seu megahit para promover uma marca de pistache.

Uma coisa, no entanto, é quase certa, geralmente quando um artista muda a letra de uma música para fazer uma versão e transformá-la em jingle, ele praticamente espreme a última gota do que a faixa poderia render. Basta comparar, por exemplo, a paródia para o comercial com o arranjo da mesma música feita pela dupla Jayesslee

Veja paródia de ‘Gangnam Style’ veiculado no intervalo do Super Bowl

Confira versão da dupla Jayesslee para ‘Gangnam Style’



Veja comercial de Psy com Sabrina Sato, Bia e Branca Feres

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Artistas se rendem ao marketing, cantam jingles e mudam letras; escolas de samba se adaptam