O problema do mundo é o marketing. O jogo foi uma porcaria, mas um monte de sinais estavam sendo dados mostrando que essa era uma grande possibilidade: os dois atacantes pesadões e de características muito parecidas, o eterno problema dos times de Parreira de não jogar pelas laterais do campo, nossos laterais são velhos reis, a explosão do Ronaldinho Gaúcho que não acontece…

Mas é tanto comercial de TV, Radio, nas ruas, nos rostos das pessoas, e nos vendem todos aquele malabarismo de vídeo-clipe, mágicas, globtrotters, pra lá de Pelé, editadinho, saboroso, cheiroso… Aí, na terça-feira, as 16H foi aquilo, é aquilo. Como dizia o vovô: “– Questa Porqueria”. Foi como a sensação que você tem quando vai no McDonalds e eles te dão aquele sanduichinho murcho, chamado duplo-sei-lá-o-quê e você fala: “- Mas na fotografia, no comercial parece grande, parrudo, tostado…”. É o marketing. É por isso que a maioria dos nossos craques tem xiliques de top model.

Um grande amigo meu caiu nesse truque. Se envolveu com uma profissional de marketing. Ela foi vendendo pra ele a imagem de uma moça leve, cúmplice de tudo, avessa a neuroses de ciúmes e posse, amante da sinceridade. Uma pessoa que só quer saber o que pode dar certo. Foi envolvido. Aquele coração fechado para o amor foi se abrindo para aquela excelente profissional que lenta e sutilmente lhe convenceu que ela era tudo aquilo e muito mais. Se fodeu. A moça era o avesso. E depois que o conquistou, sua vida virou um inferno. Quem mandou namorar uma profissional de marketing.

Nasi é líder do grupo Ira!, fanático por futebol e também gosta de dar suas alfinetadas na Seleção e nas falsas propagandas que fazem dela.


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Coluna do Nasi - Crônica da decepção anunciada