Banda Fresno
Créditos: Divulgação/Fresno
A banda Fresno, que comemora 15 anos de carreira em 2014, está lançando o EP Eu Sou a Maré Viva, um compacto com cinco faixas. Depois de se apresentarem na edição deste ano do festival SXSW, nos EUA, Lucas Silveira (vocais), Gustavo Mantovani (guitarras), Mario Camelo (teclados) e Thiago Guerra (bateria) desembarcam em São Paulo para mostrar, nesta quarta-feira (09), no Beco203, seu novo trabalho.
“Será uma festa para os fãs. Vamos tocar apenas as cinco faixas de Eu Sou a Maré Viva e depois faremos um DJ set com as músicas que nos inspiraram antes, durante e depois desse trabalho. Também será uma oportunidade de mostrar alguns remixes das faixas, que serão lançados em breve”, conta o vocalista Lucas Silveira em entrevista ao Virgula Música.
Dois anos após o lançamento de Infinito (2012), álbum que trouxe uma sonoridade mais pesada ao som do grupo, agora a Fresno aposta em faixas com pitadas de rock progressivo e sinfônico, em uma tentativa de deixar para trás, de uma vez por todas, qualquer rótulo de banda ‘emo’. Segundo Lucas, a inspiração veio de nomes como Muse e 30 Seconds To Mars, além de trilhas sonoras de cinema.
“A ideia foi aproximar as cinco faixas de uma forma em que se tornem uma história linear. O Muse é uma grande referência para a gente, eles mudaram a forma de se fazer rock e a forma como as bandas se apresentam. Fazem shows para grandes públicos, de estádio mesmo. Além disso, a ideia é fazer uma música para tocar na pista de dança. Acho que conseguimos esse resultado”, explica o músico.
Lucas também cita trilhas sonoras de filmes como uma grande influência para o novo momento do grupo: “eu tenho feitos alguns trabalhos de trilhas para publicidade e curta-metragem. Por isso, eu tenho pesquisado muito e ouvido compositores que fazem trilhas para filmes. Essa coisa da orquestração vem disso. É uma música visual, que tentei trazer para perto da banda. Traduzir sentimentos em sons e fazer com que as pessoas visualizem a tristeza, a dor, a alegria, a excitação”, explica.
O EP Eu Sou a Maré Viva mostra a primeira parceria na história da banda, no single Manifesto, em que Lucas divide os vocais com Lenine e com o rapper Emicida. “É uma mensagem nossa não só para o nosso público. É para o Universo. Tanto o Lenine quanto o Emicida são caras que, mesmo tocando um estilo muito diferente, estão muito ligados nas mesmas coisas que a gente. O Manifesto é um ato de repúdio à futilidade, é um grito da beleza agonizante”, finaliza Lucas.
