Marcelo Bonfá e Dado Vila-Lobos

(Foto: reprodução) Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá

O rock morreu? Não aqui no Brasil. Nesta quinta, 13, o país celebra o Dia Mundial do Rock, data criada pelas rádios 89 Rock e 97 FM nos anos noventa para celebrar esse gênero musical totalmente selvagem e empolgante. E a coisa pegou tanto que é muito comemorada pelos roqueiros. Para saber mais sobre a data, o Virgula foi atrás de alguns músicos que são ícones do rock nacional para saber o que eles realmente acham, e olha, há controvérsias.

Marcelo Bonfá, baterista da Legião Urbana, diz que o Dia Mundial do Rock é super positivo, mas desde que ele seja entendido: “A gente tá precisando é de muito rock. Só que o brasileiro precisa entender o que é o rock n’ roll de verdade. Porque o sistema capitalista explora a amplitude do estilo musical e a transforma em festa, em comemoração. O rock é contestação, desconstrução, e não tem que ter uma imagem a ser vendida, e sim sentida. Você não entende o rock, você participa“.

Jimmy London, o vocalista ruivo barbado do Matanza, diz que esse dia não faz muito sentido e dá o recado: “Estamos falando de um estilo de música que funciona como uma ferramenta para se questionar o que há de errado na sociedade. Institucionalizar uma data pra isso é uma tolice. Até porque todo dia é Dia de Rock“.

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(Foto: divulgação/ Matanza)

 Supla, o eterno papito, leva para o lado da comemoração: “É um dia que inventaram para celebrar uma coisa que eu amo muito, então pra mim está valendo. Só que na verdade não tem dia do rock porque todo dia é dia. Eu vivo isso 25 horas por dia. Então, já que inventaram e está rolando, vamos celebrar“.

Supla no centro de São Paulo.

(Foto: Mateus Mondini/ divulgação) Supla

Dado Villa-Lobos, guitarrista da Legião Urbana, vai mais pelo lado musical do que significativo: “O rock anda meio encolhido, não só aqui no Brasil, mas no exterior também, então é sempre bom lembrar que o rock existe, né! A data deveria ser comemorada no mundo inteiro. O gênero precisa ser renascido de uma outra forma, sabe? Mas o importante é que ele existe e vive pulsando. Não pode ser esquecido e nunca será.”

Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos

(Foto: divulgação) Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos

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Créditos: Divulgação

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Contra ou a favor? Músicos brasileiros opinam sobre o Dia Mundial do Rock