Rolling Stones


Créditos: Getty Images

Este esclarecedor filme ajuda a entender o quanto os Rolling Stones são, principalmente, uma banda de estrada. Os fãs, que, ainda na era VHS se emocionaram com o seminal documentário 25×5, encontrarão agora uma espécie de complemento para várias questões em Crossfire Hurricane.                        

Para as novas gerações, o mais impactante será ver como a colossal instituição, que hoje lota  grandes arenas, foi brilhante tocando blues em pequenos clubes de Londres, nos anos 1960. Com imagens impagáveis, que podem dilacerar corações e mentes stoneanos, Crossfire Hurricane está entre os grandes documentos já lançados sobre um ícone do rock.  

Isso não fica restrito ao filme de Brett Morgen em si, mas também a seu material ”extra”, em especial, a banda tocando na Alemanha em 1965, que ajuda a justificar o investimento, seja em DVD ou Blue-Ray. Para surpresa do diretor, Mick Jagger disse a ele que queria um filme, e não uma série com várias partes para comemorar os cinquenta anos dos Rolling Stones.           

Durante as entrevistas gravadas por Morgen, não é possível ver os Stones atuais falando sobre as imagens. ”Não foram permitidas câmeras na sala” é um dos primeiros dizeres que você verá na tela. ”Mick não queria que o filme fosse com uns tipos sentados falando”, entrega Brett em seu relato que também consta como bônus. O diretor, em seu minucioso trabalho, chegou a gravar cerca de oitenta horas de entrevistas. 

“Ninguém conseguiria escrever Midnight Rambler”
 
Se hoje os Stones parecem para os jovens figuras inócuas, aqui é possível ver o quanto perigosa a banda chegou a ser considerada. O guitarrista Brian Jones não teria conseguido supostamente acompanhar o lifestyle dos Stones. Brian, que morreu aos vinte e sete anos, em 1969, é apontado pelos próprios colegas de grupo como um músico que estava em outro patamar, por tocar vários instrumentos.           

Entre imagens marcantes, que vão situando o espectador de forma cronológica, alguns depoimentos preciosos vão conduzindo à ”viagem do grupo”, que sobreviveu de forma impressionante ao tempo.          

Keith Richards confessa que sua parceria com Mick é algo de total sintonia. ”Se eu quisesse a essência do Jagger com o Richards, suponho que seria Midnight Rambler. Qualquer um podia ter escrito qualquer uma das outras canções, mas ninguém conseguiria escrever Midnight Rambler, senão eu e o Mick.”

E Keith, com sua inconfundível voz, completa  sobre a música. ”Ninguém teria lembrado de fazer uma ópera do blues”. E depois de assisir aos 134 minutos aproximados de Crossfire Hurricane, de fato imaginamos o que os Stones não teriam lembrado de fazer, tanto dentro quanto fora dos palcos.

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Crossfire Hurricane: Filme sobre os Rolling Stones é fundamental