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(Crédito: Talissa Violim)

Talvez você não saiba, mas o Detonator, que é filho do Deus do Metal, recebeu das mãos de Odin, pai do Thor, o martelo de Asgard, que tem os mesmos poderes da marreta biônica do Chapolim Colorado. E, com ele, se transformou no DetonaThor, possuindo agora os poderes do Deus do Trovão somado com os do Polegar Vermelho. Bom, essa é a nova versão do personagem criado pelo ator, humorista e músico, Bruno Sutter, conhecido como a voz e a cara do Detonator!

Agora, em sua versão muito mais poderosa, Bruno bateu um papo com o Virgula Música para explicar melhor essa história de junção dos heróis, e ainda falou sobre algumas figuras que caminham dentro de seu mundo mágico do heavy metal; Saci Pererê, Mula Sem Cabeça, Alexandre Frota e personagens do Mortal Kombat são apenas alguns deles. Que mistura, hein?

O ex-Hermes e Renato também aproveitou para falar sobre a dublagem que fez para a versão Thor do game Smite, e de quebra, adiantou novidades de seu próximo EP, o DetonaThor. Se liga nessa conversa que é das mais divertidas. Você duvida?

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(Crédito: reprodução/Facebook)

Virgula Música: Bruno, como foi que rolou essa dublagem para o jogo Smite?

Bom, quando lancei o meu álbum Metal Folclore – The Zoeira Never Endsno festival Anime Friends, eu montei um estande lá. O pessoal da Level Up se empolgou com o tanto de CDs que vendi, que me chamou para ir visitar o estande deles. Chegando lá, dei de cara com o Thor em versão heavy metal, que é personagem do jogo Smite. Daí, como sou dublador também, me ofereci para dublá-lo no jogo. Queria tanto que fiz um vídeo exigindo que eu dublasse o Thor, porque aquele personagem era eu. Então, mandaram a proposta para a Hi-Rez, detentora do jogo, e com 86% de aprovação eu fiz a dublagem.

Mas e aí, como foi a experiência?

Como eu faço o personagem do Detonator há mais de 12 anos, eu já sei as características psicológicas dele, então sugeri algumas mudanças nas falas padrões. O pessoal da Level Up entendeu super e aprovou as mudanças. Acabou encaixando muito bem com o personagem.

E qual é a diferença entre o Detonator e DetonaThor?

O DetonaThor é muito mais poderoso, porque além dele ter os poderes do Deus do Metal, que é o pai do Detonator,  ele tem o poder de Odin. Ele também possui os poderes do Chapolim Colorado, já que Odin deu para ele o martelo de Asgard. Então ele tem o poder de três heróis: do Detonator, do Chapolim e do Thor. Agora o Detonator vai usar as roupas do DetonaThor. Vai ser a mistura dos dois.

Nos shows também?

Sim, nos shows vou usar a roupa do DetonaThor, e o martelo dele, que é enorme. Quero usá-lo como pedestal para ser uma coisa meio super-heroi misturado com Axl Rose.

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(Crédito: Talissa Violim)

Você está para lançar um EP novo, o DetonaThor, certo?

Sim, sairá dia 1 de maio. Serão 5 músicas, sendo 3 inéditas gravadas em estúdio e duas ao vivo. Das novas, tem a Heavy Metal Fatality, que é uma brincadeira contra o sertanejo universitário e o funk ostentação, que na cabeça do DetonaThor são os estilos que desvirtuam as crianças da sexualidade muito antes da hora. Assim como os super-heróis, ele defende a moral dos bons costumes, tipo um super-homem que tem a ajuda dos personagens do Mortal Kombat; o Sub-Zero, o Baraka, e o Raiden. Eles se juntaram para dar um fatality nos sertanejos universitários e funkeiros ostentação.

E as outras duas?

Tem a The Nunber of the Bicha, que é uma paródia do clássico do Iron Maiden, The Number of The Beast, só que o número da nossa versão é 6666, que somando todos os números dá o total de 24. Essa é a nossa brincadeira na música. Ela foi composta na época do Massacration, mas nunca tinha sido gravada, então aproveitei  a oportunidade para lançá-la. A outra é a DetonaThor. Agora, as duas ao vivo é uma prévia do DVD Live In Sana, gravado em Fortaleza para um público de 20 mil pessoas, e que será lançado no dia 17 de julho.

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(Crédito: reprodução/Facebook)

Você lançou o CD Metal Folclore – The Zoeira Never Ends, que fala sobre personagens do folclore brasileiro. Porque resolveu abordar esse tema? E qual a mensagem que você quis passar?

O Heavy metal sempre foi muito folclórico. Bandas da Escandinávia e do leste europeu costumam fazer discos sobre o folclore deles. O Raphsody fala muito sobre dragões e o Blind Guardian canta sobre a mitologia, então eu quis trazer isso para uma ótica brasileira, já que somos um país que cultua tanto o metal. Só que fica esquisito eu falar de Senhor dos Anéis, já que aqui não tem nada disso. Aqui tem o Saci Pererê, o Curupira, a Mula Sem Cabeça, etc. Então,  peguei este mesmo universo de folk metal e direcionei para o Brasil. Você só lembra de folclore quando está estudando lá no colégio e depois esquece, então achei importante evidenciar a nossa cultura juntamente com o heavy metal.

E como é a recepção da galera sobre esse tema? Eles entendem? Abraçam a ideia?

É muito legal, cara! Porque é o primeiro disco de heavy metal cantando em português em muito tempo. No Brasil se tornou um tabu fazer heavy metal cantado em português. Mas, você colocando em português, já consegue uma empatia com a pessoa, e aí você pode falar sobre personagens que têm uma história interessante e engraçada. Por exemplo: a mulher que dá para o padre vira a Mula Sem Cabeça. Isso pegou muito bem com o público.

Bandas que fazem um som mais medieval são apelidadas de metal florestinha. Qual o gênero que você se encaixa?

Eu costumo chamá-las de metal espadinha (risos). O estilo do Detonator é o metal folclórico.

O disco traz várias participações, entre elas a do ator Alexandre Frota. Como foi trabalhar com ele?

O álbum conta uma história, e eu precisava de alguém para narrá-la, assim como aqueles discos antigos infantis. Eu sempre tinha imaginado o trabalho dessa forma, então eu precisava de uma voz forte, e do nada lembrei do Alexandre Frota. Ele tem uma pegada humorística e polêmica parecida com a do Detonator, então foi uma junção muito interessante. Eu conheci ele quando eu trabalhava no Legendários, na Rede Record. Mandei um email e ele já me respondeu: “Claro! Me fala onde e quando“.

O álbum traz um encarte de formato inédito, que simula um álbum de figurinhas. De onde veio essa ideia?

Hoje em dia vender disco é uma arte. Ninguém mais sai de casa para comprar disco. Então, o artista é meio que obrigado a fazer uma coisa diferente para que o consumidor queira ter o produto físico em mãos. Já que é um álbum, eu pensei “Poxa, se é álbum, tem que ter figurinha”. Aí eu estudei as possibilidades de como poder colocar as figurinhas dentro do encarte, e chegamos em um formato ideal. Acabou que sendo que, esse é o único álbum musical da história, porque se não tem figurinha não é álbum (risos).

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(Crédito: reprodução/Facebook)

E você é acompanhado por uma banda feminina. Por que escolheu trabalhar com mulheres? 

Quando eu sai do Hermes e Renato e do Massacration, uma coisa que eu aprendi com eles é que a gente nunca deve repetir a mesma piada. Então, como eu não iria utilizar o nome Massacration, não teria o porque eu chamar outros músicos homens, pois seria a banda requentada. Aí eu pensei na possibilidade de ter uma banda feminina,  mas teriam que ser mulheres lindas, porque a imagem é muito importante. Nada de sexismo aí, é um lance de mídia mesmo. Na época em que eu estava na MTV, fiz um concurso no meu programa Rocka Rolla, e que bom que consegui achá-las.

E quais as vantagens e desvantagens de ser acompanhado por mulheres?

A vantagem é que o cheiro no camarim é de flor, e não de jaula. Essa é a parte mais legal, porque o camarim tá sempre perfumado. Você olha pro lado e só tem menina bonita. Mas também é importante ressaltar a qualidade musical delas. Agora a parte ruim é que é uma banda de mulher, e mulher tem o temperamento complicado. Dizem que as mulheres quando estão juntas, elas menstruam juntas, e é verdade. Quando uma fica de mau humor, todas elas ficam! Mas eu sempre tento gerenciar a banda da melhor forma possível. A gente tem poucos problemas. Eu sou meio que o irmão mais velho delas. Fico orientando as meninas, pois elas são bem novas, na faixa de 23, 24 e 25 anos. Tem sido uma formação bem segura e espero continuar com elas durante bastante tempo.

Detonator e As Musas do Metal


Créditos: Reprodução

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Detonator fala sobre Saci Pererê, Alexandre Frota e de sua nova transformação: o DetonaThor