Grupo Cascadura se reúne em celebração aos seus 30 anos de carreira

O Cascadura vai tocar! Esta notícia tão aguardada por uma legião de fãs de muitas gerações é realidade: a banda de rock baiana se reúne em agosto para shows em Feira de Santana e em Salvador – na primeira cidade, no dia 6, às 22h, na Casa Noise, e na capital, no dia 13, às 20h, no Largo da Tieta (Pelourinho).

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Nesta “Reunião 30 Anos”, as três décadas de história do grupo, completadas em 2022, são motivo para celebrar e, ao que tudo indica, concluir em definitivo as apresentações desta trajetória. Fábio Cascadura, fundador, cantor, guitarrista e autor de todas as canções da discografia – parte delas, em parceria com outros companheiros –, vem do Canadá, onde reside desde 2016, especialmente para o reencontro com o público e seus parceiros da formação estabelecida em 2013: Thiago Trad (bateria), Du Txai (guitarra) e Cadinho Almeida (baixo). A venda de ingressos será aberta muito em breve.

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“São quatro anos desde minha última visita ao Brasil, quando aconteceu aquela reunião massa no Pelourinho”, lembra Fábio, referindo-se ao último show da banda, no Largo Pedro Archanjo, com ingressos esgotados, em janeiro de 2018, pouco mais de dois anos após o anúncio da suspensão das atividades do grupo, em dezembro de 2015. “Dessa vez a gente tem um propósito, vamos dizer assim, que são os 30 anos de fundação do Cascadura. A banda já não existe mais, mas as redes sociais fazem o serviço de manter os fãs conectados e a obra viva, e sempre rola uma cobrança de ‘volta Cascadura’ ou ‘faz um showzinho’. Vamos celebrar os fãs, o legado, as três décadas”, contextualiza o artista.

Com cinco discos – “#1” (1997), produzido por Nestor Madrid e lançado pela WR Discos; “Entre!” (1999), produzido por Nestor Madrid e lançado no Projeto Emergentes da Madrugada; “Vivendo em Grande Estilo” (2004), produzido por andré t e lançado pela Monstro Discos; “Bogary” (2006), produzido por andré t e Cascadura, coproduzido por Jô Estrada e lançado pela Revista OUTRACOISA; e “Aleluia” (2012), álbum duplo produzido por andré t e Cascadura, coproduzido por Jô Estrada e lançado pelo Garimpo Música –, o DVD “Efeito Bogary” (2009) e o documentário “#AleluiaCascadura” (2012), o Cascadura é um dos nomes fundamentais do rock da Bahia e do Brasil, com reconhecimento de público, crítica e artistas.

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Canções como “Queda Livre”, “Retribuição”, “12 de Outubro”, “Juntos Somos Nós”, “Ele, o Super Herói” e “Soteropolitana” estão garantidas no set list e uma votação online será aberta para o público opinar sobre a seleção das músicas. “O repertório vai ser baseado no que a gente sabe que as pessoas mais curtem do nosso trabalho. Vamos dar o máximo para ser algo especial para quem vai rever a banda e também inesquecível para quem chegou até o Cascadura depois que a banda já havia parado. Vai ser fantástico!”, promete Fábio Cascadura, que atualmente se dedica à carreira de historiador, prestes a iniciar doutorado em História da África, pela York University, em Toronto.

HISTÓRIA – Tudo começou no exato dia 21 de abril de 1992, quando a então chamada Dr. Cascadura fez a sua primeira apresentação. O grupo existia havia pouco mais de dois meses. Fábio Cascadura (voz e guitarra) e Silvano Gomes (baixo), mais conhecido como Joe, velhos amigos da antiga Escola Técnica Federal da Bahia, foram os fundadores da banda, que era ainda composta por Marquinhos Oliveira (guitarra) e Marcelo Sarrafi (bateria). O nome Dr. Cascadura, escolhido de supetão no momento do primeiro show, vem de uma tentativa de tradução da palavra Hardcore, termo que se refere aos filmes pornográficos americanos. Uma das primeiras músicas criadas pelo grupo conta a história do amor platônico de um rapaz por uma atriz de filme pornô, o que gerou a referência. Não à toa, ela foi intitulada como “A Verdadeira História do Dr. Cascadura”.

De lá para cá, a banda já teve dezenas de formações, por onde passaram alguns dos músicos mais importantes da cena roqueira soteropolitana, a exemplo de Martin Mendonça (guitarra), Alex Pochat (baixo), Duda Machado (bateria), Lefer (baixo), Maurício Braga (bateria), Paulinho Oliveira (guitarra) e Ricardo “Flash” Alves (guitarra), entre muitos outros. Thiago Trad (bateria) uniu-se ao grupo em 2001 e permanece ao lado de Fábio, há mais de 20 anos, como a dupla condutora.

Na primeira década, a roupagem dos anos 1970 era a marca registrada. Dali em diante, a música adquiriu uma outra concepção, com tipos diferentes de composições com as marcas dos seus tempos. “Bogary” (2006) alçou a banda a um patamar de reconhecimento nacional. O trabalho, composto por 13 faixas, teve um elogioso release de apresentação assinado por Nando Reis e alcançou a marca de 10 mil cópias vendidas, gerando também o primeiro DVD comercial do rock independente baiano, “Efeito Bogary” (2009), um documentário-musical, dirigido por Renato Gaiarsa e Rodrigo Luna, que conta como foi concebido e gravado o álbum, e como ele se tornou um dos mais celebrados discos do rock brasileiro daquela década.

Já “Aleluia” (2012), álbum duplo com 22 faixas indicado ao Video Music Brasil da MTV na categoria Melhor Disco de Rock, buscou o conceito viável que justapusesse a personalidade artística do grupo e um discurso novo, que dialoga com as mais diversas esferas da cultura da cidade de Salvador.

O disco traz novas possibilidades sonoras, novos timbres, novos temas e abordagens, tanto líricas quanto rítmicas, melódicas e harmônicas. A obra tem participação de grandes nomes da música brasileira, tais como o saudoso maestro Letieres Leite e sua Orkestra Rumpilezz, Móveis Coloniais de Acaju, Pitty, Siba Veloso, Mauro Pithon, Jorge Solovera, Gabi Guedes, Paulo Rios Filho e Jajá Cardoso (Vivendo do Ócio). Há também composições em parceria entre Fábio Cascadura com Nando Reis, Ronei Jorge e Beto Bruno (Cachorro Grande) – os dois últimos ainda cantaram junto com Fábio as canções. O trabalho rendeu o documentário “#AleluiaCascadura” (2012).

No currículo, o Cascadura tem alguns dos principais festivais de música do Brasil, como Lollapalooza (São Paulo), Festival de Verão (Salvador), Abril pro Rock (Recife), Bananada (Goiânia), Porão do Rock (Brasília), DoSol (Natal) e Calango (Cuiabá).

Em dezembro de 2015, o emocionante “O Último Concerto”, no Largo Tereza Batista, no Pelourinho, em Salvador, marcou a despedida oficial da banda. Fábio Cascadura logo mudou-se para Toronto, no Canadá, para se dedicar à carreira de historiador e pesquisador, e apenas um show foi realizado desde então, em janeiro de 2018, no Largo Pedro Archanjo, também no Pelourinho, quando da única visita do artista à sua Bahia até o momento.

CASCADURA

“Reunião 30 Anos”

= FEIRA DE SANTANA

Quando: 06 de agosto de 2022 (sábado), 22h

Onde: Casa Noise (Rua Domingos Barbosa de Araújo, 900 – Ponto Central)

= SALVADOR

Quando: 13 de agosto de 2022 (sábado), 20h

Onde: Largo da Tieta (Rua das Laranjeiras – Pelourinho)

Vendas e mais informações em breve!


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Grupo Cascadura se reúne em celebração aos seus 30 anos de carreira