Ondatrópica

Divulgação Ondatrópica

Parceria entre o músico Mario Galeano, de Bogotá, e o produtor e DJ inglês radicado em Cáli Will Holland (mais conhecido como Quantic), o projeto Ondatrópica se apresenta nesta sexta (10) no Mimo Festival.

O coletivo tem dois  álbuns – Ondatrópica (2012) e o recente Baile Bucanero – em que cúmbia, o curralão, a gaita e o porro se misturam ao hip hop, funk, dub, jazz e ska. Markitos Micolta (voz) e Michi Sarmiento (sax), o trompetista Leon Pardo, o baterista Pedro Ojeda (bateria), o percussionista Freddy Colorado (percussão) e os idealizadores Galeano (baixo e guacharacha ) e Holland (guitarra e acordeão) estão na formação.

Leia entrevista concedida por Mario Galeano.

O que faz a Colômbia uma musicalidade tão forte?
Mario Galeano – A Colômbia é um país com uma miscigenação de muita sorte. A mistura do índio, do negro e do europeu criou um grande número de manifestações musicais, que somaram às regiões geográficas muito diferentes do país: Caribe, Andes, Jungles, planícies etc. Ele criou muitas combinações. É um país onde a música é vivida em todos os cantos.

Existem mais fronteiras a serem conquistadas pela cúmbia?
Galeano – Já toda a América e a Europa a conhecem bem. Novas fronteiras são, por exemplo, a Grécia e a Turquia, onde há um boom forte. Temos feitos DJs sets recentemente e as pessoas andam enlouquecendo. A Ásia está um pouco fora do assunto. Brasil, acho que também é uma nova fronteira, há um novo interesse pelos sons desses vizinhos.

Reduzir tudo o que vem da América Latina para o “tropical” pode contribuir para o esgotamento do gênero como uma tendência?
Galeano – Totalmente, é muito importante dar e falar sobre as diferenças de som e que as pessoas superam as generalizações. Mesmo quando falamos sobre cumbia, também falamos sobre uma dúzia de ritmos e nomes associados: porro, gaita, berroche, puya, filho, paseo, desercumbe etc.

Quais são os artistas atuais que eles gostam e indicam mais?
Galeano – Em Bogotá, existem novas bandas como Ghetto Kumbé ou La Sonora Mazuren que estão chegando a novos públicos.

O que está acontecendo de novo na música hoje?
Galeano – No caso colombiano, há uma importante exploração dos ritmos negros do Pacífico, como o currulao, em novas fusões com eletrônicos e pop. Tem um longo caminho a percorrer.

SERVIÇO

MIMO Festival

Sexta (10) – 22h30 – Palco Marina da Glória. Grátis, como todos os shows do festival.

Sesc Pompeia

Dia 16 de novembro, quinta – 21h30 Comedoria *A capacidade do espaço é de 800 pessoas. Assentos limitados: 150. A compra do ingresso não garante a reserva de assentos. Abertura da casa às 20h. Ingressos: R$ 12,00 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$ 20,00 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$ 40,00 (inteira). Venda online a partir de 7 de novembro, terça-feira, às 17h30. Venda presencial, nas unidades do Sesc SP, a partir de 8 de novembro, quarta-feira, às 17h30. Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos. Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93. Não tem estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeia.


int(1)

'Na Colômbia, a música é vivida', diz Ondatrópica, que vem ao Brasil