O novo álbum do Linkin Park, que chega às lojas ainda este mês, é uma reviravolta no som do grupo – a banda contratou ninguém menos do que o produtor Rick Rubin para tomar conta do resultado final, e já soltou dois singles que mostram caminhos muito diferentes do que se esperava após o lançamento de seu último álbum, Minutes to Midnight.

Enquanto que o primeiro single, The Catalyst, mostra uma pegada mais pop, a faixa Wretches and Kings tem uma sonoridade mais industrial e similar ao som que o Linkin Park fazia no começo de sua carreira.

De acordo com o vocalista Mike Shinoda, uma das principais influências em A Thousand Suns é o som pesado, violento e caótico do Public Enemy. “Na música Wretches and Kings, fizemos uma homenagem a Chuck D, do Public Enemy. Essa é provavelmente a nossa música mais voltada para o hip-hop, e uma das mais violentas de nossa carreira”, afirmou Shinoda em entrevista à NME.

“O Public Enemy era um grupo multifacetado e que ia muito além da esfera política. Eles eram extremamente criativos e vanguardistas, e é essa visão global e crítica das coisas que queremos alcançar com o A Thousand Suns“, continuou o vocalista, que também falou de um dos samples utilizados na música Wretches and Kings.

“Nós usamos um sample de Mario Savio, um ativista que lutou pelos direitos dos trabalhadores oprimidos na década de 60, para simbolizar a força política da canção. Além disso, selecionamos também um sample com a voz de Robert Oppenheimer, o pai da bomba atômica, que aparece na música Burning In The Skies, e outro de Martin Luther King na faixa Iridescent“, completou o músico, que fez questão de falar sobre a importância de Rick Rubin para o novo álbum.

“Nós estávamos tendo muitos problemas com os vocais e as letras na música Blackout, por exemplo, e ele nos deu várias ideias. Uma delas foi uma técnica que ele usou com Johnny Cash e Neil Young, em que você fica em frente ao microfone sem planejar absolutamente nada e simplesmente começa a fazer os sons que lhe der na telha. No começo foi assustador fazer isso, porque é muito surreal esperar pela inspiração, mas acho que sem essa juda nós simplesmente teríamos feito um álbum muito rígido e com cara de registro digital”, elogiou Shinoda.


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Novo álbum do Linkin Park foi influenciado pelo Public Enemy