Péricles em entrevista ao Virgula Música


Créditos: Bruno Kepper

O cantor Péricles lançou em 2013 o CD e DVD Nos Arcos da Lapa, seu segundo trabalho em carreira solo, gravado ao vivo na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. No disco, o ex-vocalista da banda Exaltasamba faz uma homenagem ao pagode, gênero que ajudou a difundir e solidificar, regravando faixas como Recado a Minha Amada, do Katinguelê, e Beijo Doce, do grupo Pixote, grandes hits radiofônicos da década de 90. 

“Pensamos em não somente homenagear os caras que levantaram a bandeira do pagode, mas também explicar a importância dessa obra para o samba”, conta Péricles em entrevista ao Virgula Música. “O pagode foi marginalizado e hoje está recebendo o merecido reconhecimento. Nós que plantamos essa semente, hoje colhemos uma realidade. É muito bom perceber que funcionou, fizemos uma música capaz de unir as pessoas e romper barreiras.”

A ideia do disco, que também apresenta canções de Só Preto Sem Preconceito (Viola em bandoleira) e de Jovelina Pérola Negra (Sorriso aberto), como explica Péricles, é mostrar ao público algumas referências que o inspiraram antes mesmo de fazer parte do Exaltasamba. “O resgate de nomes que influenciaram a geração do pagode também é essencial. Queremos mostrar ao público de onde saíram determinadas referencias e no que elas se transformaram.”

Seguindo uma ‘cronologia musical’, Péricles conta que convidou os novos representantes do samba para participar do trabalho com a intenção de destacar a evolução do gênero. “Temos uma nova safra de artistas incríveis e tive o prazer de estar com alguns deles no disco”, afirma o cantor sobre as parcerias com Mumuzinho, Xande (Revelação), San (Sambô) e da jovem revelação Ana Clara.

Veja abaixo a entrevista na íntegra:


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“O pagode foi marginalizado e hoje recebe o merecido reconhecimento", diz Péricles sobre gênero que ajudou a difundir