Um dos maiores festivais de música e arte do mundo pode estar com os dias contados. O Glastonbury, que já faz parte da história da música, poderá deixar de existir em no máximo quatro anos. Em uma entrevista ao The Times, Michael Eavis, criador do festival, admitiu que está pensando em encerrar as atividades do evento.

Em 1970, Eavis teve a ideia de criar uma festa que promovesse a arte e a música em sua fazenda, localizada em Somerset, no Reino Unido. Em pouco tempo o Glastonbury se tornou um dos mais famosos e respeitados festivais em todo o mundo. Porém, segundo ele isso está para acabar.

“Este é um negócio assustador. Estamos caminhando para o fim, provavelmente ainda teremos mais três ou quatro edições”, revelou Eavis explicando que festivais como o Womad and Latitude não vendem mais tantos ingressos. “Tenho a impressão que as pessoas já viram de tudo e não temos mais nada novo para apresentar”.

Apesar de os ingressos para a edição de 2011 terem esgotado em apenas duas horas e sem ter um line-up definido, o empresário de 75 anos argumentou que o festival só vendeu bem porque sempre apresenta grandes nomes da música mundial como headliners. “Em 2008, quando tivemos o Jay-Z, os ingressos se esgotaram. Porém nós estávamos quase falindo. Eu perdi 22 milhões de libras (cerca de 24,6 milhões de euros) naquele ano”.

Segundo Eavis, o mercado tem muitas opções de festivais semelhantes ao Glastonbury, sendo cada vez mais difícil competir com eventos que tem as mesmas atrações com preços mais baixos. “O frestival Reading e Leeds acontece em Agosto e ainda há 40% dos ingressos a venda. Isso já mostra a saturação do mercado”, finaliza.

Em 2012, o Glastonbury estará livre da pressão de vendas de ingressos. O festival fará uma pausa para dar “descanso”, retornando em 2013. Para a edição de volta, já é possível se cadastrar no site oficial do evento para de entradas. Ainda não há informações sobre o line-up.


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Sem edição em 2012, festival Glastonbury pode estar perto do fim