WRY é formado por Mario Bross, Luciano Marcelo, William Leonotti e Ítalo Ribeiro

Divulgação WRY é formado por Mario Bross, Luciano Marcelo, William Leonotti e Ítalo Ribeiro

Mais inglesa das bandas sorocabanas, o Wry prepara um novo disco de inéditas, que será lançado pelo selo norte americano Sonovibe Records. Antes disso, o mesmo selo lança o vinil Whales, Sharks and Dreams. O lançamento é uma edição especial remasterizada dos EPs Deeper in a Dream e Whales and Sharks.

Com dez faixas, o disco conta com a inédita Million Stars. A bolacha de 12 polegadas pode ser encontrada no Brasil em lojas especializadas ou nos shows da turnê.

Formado em 1995, os integrantes do grupo moraram em Londres até 2009 e tiveram um hiato entre 2010 e 2014 e, no ano passado, voltaram à Europa para o festival Primavera Sound (Barcelona), além de shows em Londres, Liverpool e em Portugal.

Atualmente, além de botar o pé na estrada realizando apresentações pelo Brasil, estão na pré-produção de um novo álbum. Nós trocamos uma ideia com Mario Bross (vocal, guitarra e teclas), com exclusividade. O Wry é formado ainda por Luciano Marcelo (backing vocal, guitarra e teclas), William Leonotti (baixo) e Ítalo Ribeiro (bateria, MPC e backing vocal).

O que sente que mudou na cena nessa “volta”, o que piorou e melhorou?
Mario Bross – Para te falar a verdade, eu acho que o crescimento no número de bandas no espectro alternativo, de estrutura pop ou não, segue um ritmo normal de evolução num país como o nosso, onde o rock é marginal e o que corre nas veias das pessoas, seja público, crítica ou indústria musical, sem generalizar, é algo mais lírico, mistura de ritmos, MPB, sons regionais, de cunho social, circuito Sesc, etc. De qualquer forma cresce e se profissionaliza, mas ainda tem pouco espaço nessa sociedade brasileira e acho que dificilmente será aumentado.

Que grupos do momento mais gosta e indica?
Mario – Do Brasil, eu indico INKY, Boogarins, Thiago Pethit e Far From Alaska. De fora, indico o Tame Impala, principalmente do álbum Currents, que dialoga perfeitamente com a mente eclética dos jovens de hoje de uma forma despretensiosa, Washed Out, Sky Between Leaves e Savages.

Por que quiseram fazer o lançamento em vinil. Você é colecionador? Qual foi o último vinil que comprou?
Mario – Assinamos com o selo americano e eles nos perguntaram qual formato desejaríamos os lançamentos que fizermos com eles, eu disse: “Vinil!”. É um sonho né! Já tivemos lançamentos em singles de 7″, mas a bolacha de 12″ é diferente.

O vinil voltou e não morre nunca mais, é atemporal, sempre foi, na verdade, a indústria de alguns países que se enganou. Eu amo escutar música em vinil, gosto desse romantismo de colocar o disco, depois virar, etc. O som é macio. Todas as bandas que quero, procuro em vinil. Mas escuto streaming no carro e no escritório também, principalmente iTunes e Spotify.

Meus últimos foram Os Paralamas do Sucesso, O Passo do Lui; Tame Impala, Innerspeaker;  A-ha, Stay on these Roads; David Bowie, Pin Ups, e dois lançamentos da Locomotiva, de São Paulo, Calado, do Romulo Froes, e Estado de Nuvem, do Bruno Souto.

O que te motiva a compor uma música nova?
Mario – O motivo é sempre o mesmo, de um jeito saudável, buscar algo que vai vibrar perfeitamente com o nosso corpo, que por consequência, também pode vibrar em sintonia com os corpos das pessoas que se identificam com a gente.

Qual foi a importância te ter morado em Londres pra banda hoje?
Mario  – Morar oito anos em Londres significa muito ainda pra gente, o que somos hoje é muito influenciado pela nossa experiência em outra cultura, no nível pessoal e profissional. Eu diria que o que trouxemos de maior valor de lá, foi tentar fazer as coisas sempre da forma mais correta, pontual, sem empurrar com a barriga, sem o “jeitinho brasileiro” e te digo que foi e ainda é muito difícil driblar, ainda mais numa sociedade onde pequenas corrupções do dia a dia são vistas como normais.

Na formação de hoje, apenas eu, Lu Marcello e João Antunes (técnico de som e co-produtor musical) moraram em Londres. O Ítalo (bateria) é viajado de cruzeiros e o William, baixista, viajou a Londres em visita.

SERVIÇO

Wry TOUR 2016: Whales, Sharks and Dreams

23/4 Campinas – Bar do Zé com Os Bandidos da Luz Vermelha
24/4 Guaramirim – Garagem Rock com Rec on Mute
28/4 Porto Alegre – Margot Pub com Thiago Pethit
29/4 Santa Maria – Rockers com Loomer
01/5 Florianópolis – Taliesyn Rock Bar com Rec on Mute
07/5 São Paulo – Casa do Mancha
14/5 Curitiba – 92 Graus com Uh Lá Lás
20/5 Uberlândia – Vinil Cultura Bar com Lava Divers
21/5 Uberaba – Laboratório 96 com Lava Divers
28/5 Santo André – 74Club com Sky Down
04/6 Londrina – Cemitério de Automóveis
10/6 Belo Horizonte – A Obra
11/6 Rio de Janeiro – Escritório
17/6 Piracicaba – Casarão Cultural
23/6 Goiânia – Diablo
24/6 São Carlos – GIG


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Wry lança vinil e prepara novo disco por selo dos EUA: "O rock é marginal"