Eva Wilma morreu aos 87 anos, vítima de câncer no ovário

O câncer de ovário, que causou a morte da atriz Eva Wilma, aos 87 anos, na noite do último sábado, é o segundo que mais mata no mundo entre os tumores ginecológicos, segundo médicos.

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Somente no ano passado, de acordo com estudo, foram registradas no mundo 207 mil mortes por câncer de ovário, 4 mil delas só no Brasil. A pesquisa é da Globocan, do IARC, braço de pesquisa do câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com os médicos, o principal fator para que isso aconteça é que que oito entre dez casos são descobertos em fase já avançada, o que dificulta ainda mais o tratamento.

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O doutor Leonardo Lordello, médico patologista da Sociedade Brasileira de Patologia, a SBP, explica o quão importante é o diagnóstico no estágio inicial da doença.

“Quando a doença é descoberta mais precocemente, pode-se oferecer um tratamento curativo, com melhores resultados, que será guiado com base na classificação realizada pelo médico patologista quanto ao tipo e agressividade do tumor”, diz ele.

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“É a avaliação anatomopatológica, dentre outros fatores, que aponta a extensão da doença, assim como indica se a resposta à quimioterapia foi completa, alterando o destino das pacientes no que diz respeito a tratamento”.

Em cerca de 90% dos casos, os tumores malignos do ovário são derivados de células epiteliais que revestem o ovário e/ou a trompa. O restante provém de células germinativas (que formam os óvulos) e células estromais (que produzem a maior parte dos hormônios femininos), sendo esses casos mais frequentes em adolescentes e mulheres mais jovens.

Sintomas como dificuldade para se alimentar, dor pélvica e/ou abdominal, sangramento vaginal anormal, mudança no hábito intestinal, fadiga extrema e perda de peso, embora associados também com outras doenças, são alertas importantes para um diagnóstico mais precoce.

Irmão raspa o cabelo para apoiar irmã caçula com câncer

Para que a irmã não se sentisse sozinha durante tratamente contra o câncer, menino também raspou o cabelo Créditos: Reprodução/Facebook/Kris Bowden

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Câncer que causou a morte de Eva Wilma é o 2º mais letal entre ginecológicos