Hum, conte-me mais...

Divulgação Hum, conte-me mais…

Nem parece, mas o tempo passa mais rápido que as motos voadoras dos Stormtroopers. Em 25 de maio de 1977 chegava aos cinemas a saga intergaláctica Star Wars para mudar a rota da sétima arte e a cultura geek em geral. Ou seja, nesta quinta-feira celebramos os 40 anos da existência dos Jedi e do lado negro da força.

O primeiro filme, de nome Star Wars, foi posteriormente renomeado de Star Wars – Episódio IV: Uma Nova Esperança. Isso quando surgiram Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma, em 1999, Star Wars Episódio II: Ataque dos Clones, em 2002, e Star Wars Episódio III :A Vingança dos Sith, em 2005, fazendo com que o filme de 1977 passasse a ser o quarto da série. Deu para entender?

Desde então apareceram quatro formas de assistir a todos os filmes, em ordens diferentes e propostas por fãs. Cada uma com suas teorias e fundamentos. Por isso, os sites gringos Den of Geek e Absolutely No Machete Juggling analisaram qual é a melhor ordem de assisti-los. Confira abaixo e decida qual funciona mais.

Mas antes, um aviso: contém muitos SPOILERS!

ORDEM I – Ordem Cronológica de Lançamento dos Filmes

Essa é a mais óbvia: assistir aos filmes na ordem em que eles foram produzidos, enfileirando os Episódios 4, 5, 6, 1, 2 e 3 na sequência. Dessa maneira, seriam vistos Uma Nova Esperança (1977), O Império Contra-Ataca (1980), O Retorno de Jedi (1983), A Ameaça Fantasma (1999), O Ataque dos Clones (2002) e A Vingança dos Sith (2005).

Para quem nunca viu a saga, essa ordem pode ser interessante, mas existe um obstáculo: as famigeradas alterações digitais feitas por George Lucas na trilogia velha (episódios 4, 5, 6), alterações essas que ele cometeu na época em que lançou a trilogia nova (episódios 1, 2, 3). Como Lucas incluiu na trilogia velha imagens e personagens que só foram criados na nova, quem vê a velha antes da nova acaba sem entender alguns detalhes.

O mais bizarro deles: o jovem Anakin Skywalker/Darth Vader surge como espírito na cena final de O Retorno de Jedi (Ep. 6), substituindo o “idoso” Anakin/Darth que aparecia ali antes. Mas o jovem Anakin só será apresentado e mostrado de fato no Ep. 2. Logo, quem vê o 6 antes de ver o 2 fica sem saber quem é o rapaz misterioso.

Star Wars Episode VI Return of the Jedi Ghost Anakin Skywalker Darth Vader Yoda Obiwan Ben Kenobi

ORDEM II – Ordem Cronológica da Trama

Essa opção é mais óbvia ainda: assistir aos filmes seguindo a trama da história. Ficaria assim com os Episódios 1, 2, 3, 4, 5, 6. Dessa maneira, a criatura que está vendo a franquia pela 1ª vez acompanha a narrativa de forma didática e “educativa”, seguindo os fatos pela ordem cronológica. Mas os fãs da saga já perceberam o grave problema desta ordem: ela acaba com a surpresa de que Darth Vader é pai de Luke Skywalker.

Sim, porque a pessoa já fica sabendo, no Ep. 3, que os filhos gêmeos de Darth Vader (Luke e Leia) são separados no nascimento e que, portanto, Luke é filho do futuro vilão. Então a conclusão é: esta ordem não serve!

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ORDEM III – Flashback Gigante

Esta ordem é bem interessante. Ficaria assim: Episódios 4, 5, 1, 2, 3, 6. Ou seja: a pessoa vê os Eps. 4 e 5, descobre que Luke é filho de Darth e fica tudo (quase) bem. Aí, assiste aos Eps. 1, 2 e 3, que explicam tudo, desde a infância de Vader, etc. Tudo explicado, o espectador migra então para o Ep. 6, que dá continuidade a tudo que ficou em suspense no final do Ep. 5.

Assim, além de preservar a surpresa da paternidade e logo depois explicá-la, através de um “flashback gigante” (Eps. 1, 2, 3), essa ordem ainda mantém o suspense sobre o destino dos heróis, que ao final do Ep. 5 estão em desgraça (Luke perdeu a mão, Han Solo está sequestrado e congelado, etc.)

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ORDEM IV – Machete

Por fim, a ordem conhecida como “Machete”, e que é a mais ousada e radical, indo pelos Episódios 4, 5, 2, 3, 6. Isso mesmo, essa ordem DESCARTA o Ep. 1. Não é preciso vê-lo. Justificativa: além do 1 ser o Episódio mais insosso de toda a saga, ele é descartável porque a maioria dos personagens morre no final. Logo, não há ligação com o resto da história.

Outras “vantagens” de ignorar o 1: desaparece o detestável personagem Jar Jar Binks, desaparece o chato garotinho Anakin /Vader infantil, e vão pro lixo as cenas confusas sobre os bastidores do poder no império.

Ainda, essa ordem valoriza o Ep. 6, O Retorno de Jedi, pois como o Ep. 3 termina com Vader assumindo de vez o lado negro, e o Ep. 6 começa com Luke surgindo todo vestido de negro, incluindo capa, surge o suspense de que ele pode ter passado para o lado negro da força. Ao descobrirmos, na batalha na corte de Jabba, que Luke ainda está “do bem”, a surpresa fortalece a já brilhante sequência de abertura do filme.

Para os defensores desta ordem, o Ep. 1 fica sendo uma espécie de spinoff, que pode ser visto ou não. Não faz diferença.

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Bom, depois dessa conferência, se você quer apresentar a saga para alguém que nunca a viu, ou se você quer brincar de “novo no ramo”, escolha uma dessas maneiras e boa viagem. E claro, que a força esteja com você!

Star Wars: Os Últimos Jedi na Vanity Fair

Daisy Ridley como a guerreira da Resitência Rey e Mark Hamill como o mentor Luke Skywalker em uma locação na Irlanda
Daisy Ridley como a guerreira da Resitência Rey e Mark Hamill como o mentor Luke Skywalker em uma locação na Irlanda
Créditos: Annie Leibovitz/Vanity Fair

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40 anos de Star Wars: saiba qual a melhor ordem para assistir aos filmes