Mais polêmica no assunto homofobia. Enquanto o Brasil assiste às declarações inenarráveis de certo candidato à Presidência da República, os censores americanos também são vistos como homofóbicos.

Segundo o site Digital Spy, o filme inglês Pride (que narra a história real de um grupo de ativistas gays e lésbicas que apoiaram as greves de mineradores ingleses em 1984, e que levou a Queer Palm no Festival de Cannes este ano) foi classificado pela MPAA – Motion Picture Association of America – como não recomendado para menores de 17 anos nos cinemas dos EUA.

É a famosa classificação R – pessoas menores de 17 só podem ver o filme se estiverem acompanhadas de um adulto. O fato indignou os produtores do filme, que alegam que a obra não tem nada de grave para receber tal classificação.

“É uma ofença, homofobia idiota!”, bradou Peter Tatchell, militante dos direitos LGBT, no jornal The Independent. “Não há sexo ou violência em Pride que justifique uma classificação pesada. A MPAA parece ver como proibido para menores qualquer filme que tenha leve conteúdo gay”.

Recentemente, a MPAA foi acusada de homofobia num caso semelhante: classificou como R o filme americano Love is Strange, que tem como protagonistas um casal de gays cinquentões que enfrentam preconceito e dificuldades econômicas. Na Inglaterra, o mesmo filme foi liberado para maiores de 15 anos.

Militantes ligados às causas LGBT estão de olho na MPAA – que por essas e outras parece querer reproduzir o temido Código Hayes, que censurou ferozmente o cinema americano nas décadas de 30, 40, 50 e até meados dos 60. The end is near?


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Censores americanos são acusados (de novo) de homofobia; desta vez, filme inglês é barrado