O Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, a maior mostra da sétima arte no Brasil, exibirá a partir de amanhã, quinta-feira, e até o dia 10 de outubro, 350 filmes de 60 países em 30 salas, incluindo as mais recentes produções de diretores premiados como Woody Allen e Gus Van Sant.

O evento inclui mostras de diferentes gêneros, filmes latino-americanos, documentários, clássicos alemães, terror, musicais, produções voltadas para o público LGBT, e a já tradicional mostra competitiva para longas e curtas-metragens brasileiros.

O festival começa amanhã com a exibição do documentário “Amazônia”, coprodução franco-brasileira sobre um macaco de circo que por acidente precisa aprender a sobreviver na maior floresta tropical do mundo. O filme, dirigido pelo francês Thierry Ragobert, foi exibido no encerramento da última edição do Festival de Veneza.

Já o encerramento ficará a cargo do longa “Serra Pelada”, do brasileiro Heitor Dhalia, que retrata as misérias dos garimpeiros que exploraram a maior mina de ouro a céu aberto do mundo.

Entre os filmes mais esperados estão “Blue Jasmine”, de Woody Allen, protagonizado por Cate Blanchett e Alec Baldwin; “Terra Prometida”, de Gus Van Sant, com Matt Damon; “O Espírito 45”, de Ken Loach, e “The Zero Theorem”, de Terry Gilliam.

“Este ano, mais que nos anteriores, exibiremos filmes que acabaram de passar por grandes festivais, como os de Veneza e Toronto”, explicou Ilda Santiago, uma das diretoras do festival.

Entre eles estão o documentário “Sacro Gra”, de Gianfranco Rosi, vencedor do Leão de Ouro em Veneza; “Gravity”, do mexicano Alfonso Cuarón estrelado por Sandra Bullock e George Clooney; “Nebraska”, de Alexander Paynes, e “Heli”, que rendeu ao mexicano Amat Escalante o prêmio de melhor diretor em Cannes.

Durante o festival será exibida também uma retrospectiva do diretor americano Paul Schrader, um dos convidados especiais para a edição deste ano.

Outro convidado especial é o diretor argentino Juan Jose Campanella, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2010 com “O segredo dos seus olhos” e que apresentará no Rio de Janeiro “Metegol”, sua primeira produção de animação em 3D.

Além da exibição de filmes, o Festival do Rio promove debates e oficinas. Um dos mais esperados é com Jeremy Scahill, roteirista e produtor de “Guerra Suja” e Glenn Greenwald, colunista do jornal “The Guardian” que divulgou em primeira mão os materiais da espionagem americana vazados pelo ex-analista da CIA, Edward Snowden.

A mostra competitiva de longas nacionais inclui 11 produções, “De menor”, de Caru Alves de Souza; “Entre nós”, de Paulo Morelli; “Estrada 47 – A montanha”, de Vicente Ferraz; “O homem das multidões”, de Marcelo Gomes e Cao Guimarães, e “Jogo das decapitações”, de Sérgio Bianchi.

Pelo prêmio “Redentor” de melhor longa brasileiro também concorrem “O lobo atrás da leva”, de Fernando Coimbra; “Os amigos”, de Lina Chamie; “Periscópio”, de Kiko Goifman; “Quase samba”, de Ricardo Targino; “Tatuagem”, de Hilton Lacerda; e “Minutos atrás”, de Caio Soh.

Para a mostra Premier Latina foram escolhidos, além de “Heli”, “Il Futuro”, da chilena Alicia Scherson, “Halley”, do mexicano Sebastián Hofmann; “La Paz”, do argentino Santiago Loza; “De Terça-feira a Terça-feira”, do argentino Gustavo Fernández Triviño; “Workers”, do mexicano José Luis Vale e “Mercedes Sosa, a Voz da América Latina”, do argentino Rodrigo H. Vila. 


int(1)

Com 350 filmes de 60 países, Festival do Rio começa amanhã com 'Amazônia'